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Meio punk, meio forró: Getúlio Abelha faz Primavera Sound derreter

Meio punk, meio forró: Getúlio Abelha faz Primavera Sound derreter

Slipmami mantém pose de diva mesmo com público pequeno na abertura do festival

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Getúlio Abelha abriu o Primavera Sound (Divulgação)

Se você não nunca havia assistido um show de Getúlio Abelha, não se deixe enganar pelos visuais. Com um cabelo clássico da cena punk –aquele com vários moicanos, que só fica em pé com gel– o teresinense trouxe, em um dos shows que abriu o edição de 2023 do Primavera Sound, uma gangue de dançarinos tão estilosa e imponente quanto ele, e que já chega na largada como um grande show do festival.

O show final da turnê “Marmota”, referente ao seu último disco de estúdio, de 2021, teve de tudo. Não, mas falo sério. Teve de tudo mesmo. Performances de baladas com coreografias conceituais, muito bate cabelo, e até a presença de bicicletas como parte da apresentação “Voguebike”.

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Em “Sinal Fechado”, o coro do público ali presente –mesmo que não fossem muitas, devido ao horário do show– impressionava e ajudava a embalar quem estava na plateia de forma curiosa. Um trecho de uma versão forró do hit “Cry For You” de September, lançado em 2003, também empolgou o público.

“Quem diria… um show de forró no Primavera Sound! Que bom que vocês estão aqui. Um beijo no c*** de vocês”, exclamou de uma forma carinhosamente atípica para muitos –mas típica de Getúlio. Antes de finalizar o show, brincou, afirmando ter sentido o cheiro de homossexuais, lésbicas, pessoas não-binárias, travestis, bissexuais, e tudo que se há direito. A suspeita, certeira, foi respondida por leques –acessório obrigatório para o evento, que parece ultrapassar os 35 graus na sensação térmica– com bandeiras LGBTs coloridas.

O forró do cantor, junto com a extravagância e excelência de uma performance com coreografias e momentos muito bem ensaiadas e empolgantes, sem dúvidas foi o show perfeito para se derreter com prazer neste início de Primavera Sound.

Slipmami

Na mesma hora do show de Getúlio, Slipmami também se apresentava pela primeira vez no festival, abrindo os trabalhos do palco São Paulo.

O local, um pouco mais escondido do que os palcos Barcelona e Corona, refletiu em uma plateia pequena, pensando na fama que a trapper vem angariando nos últimos tempos, e que só tende a aumentar.

No entanto, isso não foi problema algum para a cantora. Acompanhada de um DJ e de dois bailarinos e duas bailarinas, Slip se apresenta como se estivesse no palco principal de um festival sold out.

A pose da “Malvadeza”, como se autointitula, impressiona e empodera quem está por perto, mesmo com algumas faixas feitas, com suas palavras, “para as mulheres cantarem pensando naquele filho da puta gostoso”. Um show de rap clássico, mas com postura de diva pop no melhor dos sentidos.

Mais um caso, junto a Getúlio, de um show que merecia certamente um horário mais nobre no festival.

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
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