Marcelo D2 e outros artistas brasileiros brilham em festa do SXSW
João Brasil e Bia Ferreira também cantaram em evento, realizado em Austin
As filas na porta da casa noturna Speakeasy, em Austin, mostravam que a festa da noite de terça-feira (12) prometia. Com shows dos brasileiros Marcelo D2 e Bia Ferreira, além de apresentação do DJ João Brasil, o evento foi coproduzido entre o Let’s Gig e o time do Festival LATINXT, de Chicago –e teve parceria da Billboard Brasil.
D2 botou todo mundo para sambar com seu projeto do “novo samba tradicional”, criado a partir de seu último álbum, “Iboru”. O projeto carrega uma ideia de encontro entre ancestralidade e novas gerações. Depois dele, Bia Ferreira fez uma apresentação intensa com voz e violão –suficientes para incendiar o público presente.
A balada já virou tradição no SXSW (South by Southwest) e é um ponto de encontro das novidades da música latina dentro dos Estados Unidos. Além dos brasileiros, contou com a presença de Rubio, artista do México, Venesti, da Colômbia, e Cabeça de Chivo, dos EUA, que encerrou a noite.
“Marcelo D2 fez um show histórico. Tivemos ainda um produtor musical superconsolidado como o João Brasil, que vive nos EUA e tem trazido sua experiência brasileira para a cena americana. E um nome incrível, que para algumas pessoas ainda era visto como, que é a Bia Ferreira, que deixou todo mundo impactado. Ficamos muito felizes com isso”, afirma Ricardo Rodrigues, empresário, agente e produtor cultural, sócio-fundador da Let’s GIG – Booking & Music Services.
Fátima Pissarra, CEO da Billboard Brasil, também celebrou o evento. “O SXSW nasceu como um evento de música e depois foi expandindo a sua atenção para diversas áreas da indústria, como a tecnologia, inovação e o entretenimento. Com isso, ficamos muito felizes de reunir tantos amigos e parceiros em uma noite de muita música em nossa primeira participação no festival. Sem dúvidas, marcaremos presença em 2025 com muitas surpresas e atrações para reforçar a música brasileira.”
Rodrigues lembra que, quando iniciou o projeto, a situação era bem diferente, e os shows, menores:
“Começamos a trazer artista do Brasil para cá e avisávamos: ‘Se prepare, você pode fazer um show para três ou quatro pessoas, porque são muitos eventos acontecendo ao mesmo tempo. Mas as pessoas podem te ajudar no crescimento da sua carreira, porque são pessoas estratégicas’. Hoje em dia, a gente realmente tem uma visibilidade muito legal e crescente para a música brasileira. Estamos tendo shows lindos, cheios, com gente do mercado de vários países. Então, aqui no SXSW, o artista acaba conseguindo encontrar uma quantidade grande de parceiros. E a ideia do Tropiclub é ser essa plataforma que dá visibilidade aos artistas latino-americanos e estimula conexões que podem ajudar no desenvolvimento da carreira deles.”