Mais de um milhão de faixas ‘manipuladas’ são encontradas em plataformas de streaming
Versões aceleradas, desaceleradas ou modificadas de músicas
Um novo estudo descobriu que existem mais de um milhão de faixas “manipuladas” em plataformas de streaming. A Pex é uma empresa de tecnologia que rastreia e analisa conteúdo protegido por direitos autorais em serviços digitais. De acordo com os dados, de novembro de 2023, há mais de um milhão de faixas que foram aceleradas, desaceleradas ou “modificadas” de outra forma em plataformas como Spotify, Apple Music e TIDAL.
Os exemplos encontrados incluem uma versão acelerada de “Bloody Mary”, de Lady Gaga, com impressionantes 25 milhões de streams, e de “Heartbeat”, de Childish Gambino, com 19 milhões de streams.
Essas faixas manipuladas geralmente não têm autorização, o que significa que estão infringindo direitos autorais. Os artistas originais, portanto, não coletam royalties pelas transmissões da música.
Em entrevista ao “Music Business World”, o CEO da Pex, Rasty Turek, tem uma opinião que pode gerar polêmica entre a classe artística: “Há um grande número de pessoas tentando essencialmente desfrutar de conteúdo como este. Mixagens ‘nightcore’ e assim por diante. Acho que existe uma semente legítima para o movimento. Se as pessoas gostam desse tipo de música, elas deveriam ter acesso a ela”.
“Mas, ao mesmo tempo, deve ser exigida uma atribuição adequada”, continuou ele. “E isso depende muito mais das plataformas e serviços do que do artista essencialmente correr atrás.”
O Spotify tem tentado combater o grande número de músicas ilegalmente carregadas em sua plataforma, juntamente com a mudança na alocação de royalties. Foi revelado este mês que cerca de um quarto das músicas em serviços de streaming nunca foram reproduzidas.
Isso se seguiu à notícia da mudança de política do Spotify, que exigiria que todas as músicas da plataforma tivessem um mínimo de mil streams antes ganharem quaisquer royalties.
Recentemente, a União Europeia apelou a mudanças no negócio de streaming, solicitando pagamentos de royalties mais elevados aos artistas, bem como a “alocação correta de metadados” para tornar os trabalhos dos artistas mais visíveis. As informações são da “NME”.