Causou surpresa (e fascínio) o ensaio de Madonna, nesta quinta (02), na Praia de Copacabana. Cobrindo o rosto com uma balaclava verde neon, a popstar fez a alegria de quem aguardava ansioso pelo ensaio da cantora que, de quebra, teve Pabllo Vittar em cena icônica.
Não foi a primeira vez que Madonna fez uso do artifício — e, na última, ela fez parte do governo da Rússia ficar furioso.
Após a prisão de três das cinco integrantes da banda punk russa Pussy Riot, Madonna fez uso de uma máscara preta, em clara alusão ao acessório usado pelas roqueiras feministas, que lutavam contra a reeleição do presidente Vladimir Putin. A apresentação ocorreu no Estádio Olimpico de Moscou e, além da máscara, teve Madonna despindo-se de suas roupas e revelando as palavras “Pussy Riot” em suas costas enquanto cantava “Like a Virgin”, mega sucesso de 1984.
Um oficial russo, à época, chegou a afirmar ao Guardian que a cantora estava moralizando a prostituição ao homenagear o grupo punk que, aquela altura, já estava preso e enfrentando uma possível condenação de três anos de prisão.
Em 2012, o quinteto realizou uma perfomance contra Putin em uma das catedrais mais conhecidas da cidade, a Cathedral of Christ the Savior of the Russian Orthodox Church. O ato tornou-se histórico na luta contra a reeleição do mandatário —durou menos de um minuto, ganhou nome (“Punk Prayer: Mother of God Drive Putin Away”) e virou filme (“Pussy Riot, A Punk Prayer”) premiado no festival de Sundance.
Punk Prayer by Pussy Riot pic.twitter.com/51TfUdjkVB
— Westley Sable (@analytix8) March 7, 2022
Após o apoio de Madonna à causa do Pussy Riot, duas integrantes chegaram a participar de uma apresentação como convidadas, motivo pelo qual rolou uma cisão no grupo.