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K-pop é visto como ‘porto seguro’ em meio à guerra tarifária de Trump

K-pop é visto como ‘porto seguro’ em meio à guerra tarifária de Trump

Preços das ações das empresas de entretenimento subiram recentemente

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Stray Kids

O K-pop tem sido visto como um “porto seguro” da guerra comercial de Donald Trump para investidores.

Segundo uma reportagem do “The Guardian”, a Coreia do Sul é o quarto maior fornecedor de aço dos Estados Unidos – e o presidente norte-americano impôs uma tarifa de 25% sobre o aço estrangeiro.

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Com o impacto negativo das tarifas, as ações das maiores empresas de entretenimento sul-coreano dispararam.

JYP Entertainment e HYBE (as agências dos Stray Kids e BTS, respectivamente) viram os preços das ações subirem 6,09% e 3,15% na terça-feira (11), segundo a “Korea Exchange”.

As ações de dois outros gigantes da indústria, SM Entertainment e YG Entertainment, chegaram perto de atingir as máximas anuais, segundo o “Korea Times”.

Analistas de mercado dizem que o K-pop evitou o envolvimento da Coreia na crescente guerra comercial de Trump, que tem como alvo principal bens, deixando setores de “soft power”, como entretenimento, ilesos.

A compra agressiva de ações de entretenimento também foi motivada por expectativas de que o K-pop está prestes a entrar em outro período de expansão.

O BTS, cujos membros têm cumprido o serviço militar obrigatório, deve retomar suas carreiras musicais no segundo semestre, enquanto o BLACKPINK começará uma turnê mundial nos próximos meses.

Sinais de um renascimento dos laços culturais entre a Coreia do Sul e a China também beneficiarão a onda Hallyu de conteúdo cultural coreano.

A China foi responsável por cerca de um quinto da receita das empresas de entretenimento sul-coreanas em 2016, segundo o “Korea Times”, mas as vendas estagnaram desde que Pequim impôs restrições às importações culturais coreanas no ano seguinte.

BLACKPINK
O BLACKPINK retorna aos palcos em 2025 (Lee Jae-Won/Reuters)

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Isso pode estar prestes a mudar, graças a um aumento no mercado de mercadorias na China e à decisão do ano passado de permitir que os sul-coreanos entrassem na China sem vistos – uma medida que deve levar a mais shows e vendas de música.

Com filmes e dramas de TV, culinária e cosméticos, o K-pop é uma das exportações culturais mais bem-sucedidas da Coreia do Sul, rendendo ao país quase US$ 900 milhões em 2023 – um aumento de mais de um terço em relação ao ano anterior – conforme as informações do Korea Culture and Tourism Institute.

No entanto, empresas de outros setores estão nervosas sobre a possibilidade de Trump expandir seu regime tarifário para incluir veículos e semicondutores, que juntos respondem por mais de 40% das exportações da Coreia do Sul para os EUA.

O presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, realizará uma reunião na próxima semana para discutir a resposta de seu governo à tarifa de Trump sobre aço e alumínio, incluindo possíveis contramedidas.

BTS
BTS (BIGHIT MUSIC/Divulgação)

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