Justiça do Rio de Janeiro determina soltura de MC Poze do Rodo
Cantor foi preso no último dia 29 de maio
MC Poze do Rodo, nascido Marlon Brendon Coelho Couto, teve sua liberdade determinada pela Justiça do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (2). Ele foi preso no último dia 29 de maio, e estava no presídio de Bang 3, no Complexo de Gericinó.
O desembargador Peterson Barroso, da 2º Câmara Criminal, concedeu um habeas corpus apresentado pela defesa do funkeiro. Segundo informações da TV Globo, ele considerou em sua decisão que a prisão não era justificável, já que não foi comprovada sua imprescindibilidade para o andamento da investigação.
Após sua soltura, Poze vai precisar seguir algumas medidas obrigatórias. São elas:
- Apresentar-se mensalmente em juízo, até o dia 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades;
- Não se ausentar da Comarca enquanto estiver pendente a análise do mérito deste habeas corpus;
- Manter-se à disposição da Justiça, fornecendo um número de telefone para contato imediato, caso necessário;
- Fica proibido de mudar de endereço sem prévia comunicação ao Juízo;
- Está proibido de manter contato com investigados pelos fatos deste inquérito, testemunhas ou pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho;
- Obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo de origem.
O que motivou a prisão do MC Poze do Rodo
De acordo com a Polícia Civil, a operação que resultou na prisão de Poze do Rodo foi motivada por uma investigação que apura suspeitas de apologia ao crime e possível envolvimento do artista com a facção criminosa Comando Vermelho.
Poze teria realizado apresentações em áreas sob influência da facção, em eventos marcados pela presença ostensiva de pessoas armadas. Ainda de acordo com a investigação, essas apresentações estariam sendo utilizadas como estratégia para fortalecer financeiramente a organização, por meio da venda de entorpecentes.
No último dia 19 de maio, a DRE abriu uma investigação depois que vídeos de um show do cantor viralizaram nas redes sociais. Nas imagens, traficantes assistiam a apresentação exibindo fuzis.
As investigações também apontam que o repertório musical de Poze do Rodo faz “apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.