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HYBE reabre investigação na ADOR após suposto encobrimento de assédio sexual

HYBE reabre investigação na ADOR após suposto encobrimento de assédio sexual

Min Hee-jin, ex-CEO da gravadora, teria interferido na investigação

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Sede da HYBE em Seul, na Coreia do Sul

A HYBE, gigante do kpop, reabriu uma investigação contra Min Hee-jin, ex-CEO de sua gravadora subsidiária ADOR. A empresa quer saber se a executiva interferiu indevidamente na investigação inicial da empresa sobre uma alegação de assédio sexual e violou obrigações de confidencialidade.

A ADOR também iniciou uma nova investigação de um vice-presidente da agência envolvido na situação. A HYBE se recusou a comentar há quanto tempo as investigações estão em andamento ou quando planejam compartilhar suas descobertas.

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Min e um representante disseram à Billboard que ela nunca foi formalmente informada da investigação por meios externos ou internos da empresa.

Ela chamou as investigações internas da empresa de tendenciosas –devido a um suposto conflito de interesses com outra executiva que a substituiu como CEO da gravadora e está supervisionando o caso.

Fontes disseram à Billboard que a investigação traz alegações de que Min havia encoberto um incidente envolvendo um vice-presidente do sexo masculino na ADOR, onde uma funcionária relatou ter se sentido assediada e intimidada durante um jantar relacionado ao trabalho.

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NewJeans (Instagram/Reprodução)

Entenda o caso de assédio

A controvérsia retorna a fevereiro de 2024, quando o vice-presidente da ADOR supostamente pressionou uma funcionária a comparecer a um jantar com um cliente, alegando que seria benéfico ter uma jovem presente, de acordo com um relatório interno compartilhado com a Billboard.

Durante o jantar, o vice-presidente saiu abruptamente, deixando a funcionária sozinha com um cliente, criando uma situação desconfortável que o relatório diz que “parecia orquestrada”.

A funcionária relatou o incidente ao sistema interno da HYBE, citando assédio sexual e intimidação no local de trabalho. Embora uma investigação interna nos recursos humanos tenha sido conduzida, apenas uma advertência severa foi dada ao VP, pois as alegações de assédio não puderam ser definitivamente comprovadas.

Segundo o relatório, Min duvidou da credibilidade da reclamação da funcionária e organizou uma reunião geral com a reclamante e o acusado, violando os procedimentos padrão de RH da empresa

Uma auditoria da situação acrescentou que Min havia orientado o VP sobre como responder às alegações.

Repercussão

Quando o site coreano “Dispatch” relatou o incidente pela primeira vez, Min respondeu às alegações com uma declaração à mídia e compartilhou informações sobre a funcionária em suas redes sociais, incluindo o salário da mulher.

A HYBE disse que a funcionária entrou com ações judiciais por difamação e violações de privacidade, mas um representante de Min disse à Billboard que ela, assim como o VP, estão enfrentando apenas um processo de difamação.

O representante acrescenta que o VP também processou a funcionária por difamação e reivindicou danos, que não haviam sido compartilhados anteriormente com a mídia.

Na época, Min afirmou que os problemas decorriam do baixo desempenho no trabalho e que a funcionária deixou a empresa após um corte de salário.

Ela disse à Billboard que as informações salariais que ela revelou por meio de uma postagem no Instagram Story não identificaram o indivíduo e disse que foi a HYBE, não ela mesma, que divulgou publicamente as identidades das partes privadas em declarações à imprensa.

Em uma entrevista por telefone na semana passada, Min questionou a legitimidade das investigações em andamento da HYBE e abordou diretamente a nomeação de Ju Young Kim, a nova CEO da ADOR, que a substituiu e liderou a investigação inicial que rejeitou a alegação de assédio.

Durante seu tempo como CEO da ADOR, Min alega que não estava em posição de “esconder” casos de assédio sexual nem era responsável por tais decisões.

“Quem realmente tomou uma decisão final após revisar todas as declarações, todas as evidências e relatórios, foi Kim Ju Young, que atualmente é a CEO da ADOR”, diz Min.

“Ela tomou essas decisões finais sozinha no RH da HYBE, mas depois, ela levantou essa questão novamente e me acusou de diferentes acusações para tentar reabrir uma investigação.”

Os resultados da auditoria são esperados nos próximos dias.

Como fica o NewJeans?

A Billboard soube que as integrantes do NewJeans e seus pais se encontraram com a atual CEO da ADOR, Ju Young Kim, no dia 24 de setembro.

Apesar da investigação em andamento, a ADOR permitiu que Min voltasse à subsidiária como diretora interna e produtora do NewJeans, mas não honraram o pedido de reintegrá-la como CEO.

O futuro do grupo de kpop é incerto.

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NewJeans (Melon/X)

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