Fã de Astrud Gilberto, astro do kpop desbrava carreira solo e relembra show no Brasil
KINO abriu própria empresa para gerenciar carreira solo
KINO, um dos integrantes do grupo de kpop PENTAGON, abriu uma nova fase da carreira com o lançamento do primeiro EP solo, “If this is love, I want a refund”. No projeto, o cantor de 26 anos fala sobre os diferentes estágios do amor, desde um término conturbado até o momento de uma nova paixão.
“É, definitivamente, um álbum que reflete minhas emoções na vida, mas não só isso. Queria fazer um EP que trouxesse não só a minha história, mas a de outras pessoas também”, explica KINO para a Billboard Brasil.
“If this is love, I want a refund” traz cinco faixas compostas pelo cantor. “Eu conversei com muita gente durante a produção do álbum. E leio muito os comentários e perguntas dos fãs, muitos pedindo conselhos”, conta.
O compositor debutou no kpop em 2016 e é o responsável pelas canções e visuais do PENTAGON. KINO tem mais de 70 músicas lançadas ao longo da carreira, que agora ele administra sozinho com a própria empresa, a NAKED.
“O desafio inicial foi ter coragem. Levei muito tempo para juntar coragem desde o momento que pensei [em criar a própria agência]”, diz. “Agora que tenho mais responsabilidades do que antes, penso mil vezes para tomar uma boa decisão em todos os momentos. Essa é a parte mais difícil, reunir coragem para trazer as melhores decisões à vida.”
Assista ao clipe de “Broke My Heart”:
O cantor veio ao Brasil em 2019 com o PENTAGON e diz que a visita ao país foi inesquecível.
“A paixão [dos fãs] foi mais forte que qualquer outro lugar. Lembro que todos os 6 aparelhos de ar condicionado, em pleno funcionamento, acabaram desligando pelo calor de todo mundo pulando junto”, relembra.
KINO exalta o público, que cantou as músicas em coreano. “Meu coração batia incontrolavelmente desde o momento em que os ouvi cantando nos bastidores até quando subimos no palco.”
Ele acrescenta: é fã de Astrud Gilberto. “Sempre que preciso de paz na minha mente, eu toco a música dela, ‘A Garota de Ipanema’”.
“Sinto muita falta [dos fãs brasileiros]. Não consigo esquecer a paixão deles e nem do churrasco que comemos depois do show. Eu vou voltar em breve! Lembro que foi um fã brasileiro que fez o primeiro challenge de dança do meu single ‘Broke My Heart’.”
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Maturidade
KINO debutou na indústria do kpop aos 18 anos. Questionado sobre a necessidade de amadurecer mais rápido que outras pessoas da idade, o cantor refletiu sobre os aprendizados de tal experiência.
“Ainda sou muito novo e imaturo, mas cresci mais rápido porque entrei na sociedade antes que meus amigos. Aprendi a falar com pessoas de todas as idades e, o mais importante, aprendi [a ter] relacionamentos de negócios, sobre os quais não tinha muito conhecimento, quando comecei minha empresa”, avalia.
“Além disso, minha família me mudou tanto quanto essa nova experiência. Consegui aprender as coisas muito mais rápido graças aos meus pais que foram pacientes e me ensinaram muito quando eu era mais imaturo.”
Questionado sobre como seguir os objetivos pessoais e equilibrá-los com as demandas da indústria da música, KINO diz ser crucial encontrar um meio-termo no caminho.
“Isso ainda é uma das minhas maiores preocupações”, diz o cantor. “Encontrar um ponto intermediário é o mais adequado para as minhas metas. E, para isso [acontecer]. É muito importante ouvir outras pessoas, enquanto mantenho minha base e [busco] ter uma boa metacognição. Me esforço para me questionar e refletir sobre mim mesmo do ponto de vista de uma terceira pessoa.”
A experiência profissional também teve fases de aprendizado. “Enfrentei muitos, muitos, momentos de bloqueio criativo. Para ser sincero, eu ainda me pergunto como preencher as ideias que [me] faltam”, conta.
“Sei que não sou Andy Warhol ou Basquiat, que teriam ideias todos os dias, por isso tento o meu melhor para não ceder a esses bloqueios. Minha frase favorita é ‘a inspiração é para amadores, o resto de nós aparece e começa a trabalhar’, do Chuck Close. Em vez de esperar pela inspiração, apenas sento em frente ao computador, penso por um longo tempo e depois começo a trabalhar.”
