Todos os Little Monsters querem chegar bem produzidos para o show da Lady Gaga neste sábado (03/05), na Praia de Copacabana. Para compor os looks dos fãs da diva pop, lojas da região comercial do Centro do Rio de Janeiro conhecida como Saara disponibilizaram diversos itens para o público, que está lotando as ruas da cidade.
Embora o rosto da Mother Monster esteja espalhado por todas as ruas da região, a maior concentração de itens está na Rua Senhor dos Passos. No número 187 está a loja Lix, que viralizou na internet com a “Picanha da Gaga”, estampa inspirada no famoso vestido de carne utilizado pela cantora no VMA de 2010. Composto por boné, short, regata e leque, o look completo custa R$379,80. Com distribuição internacional e nacional, a loja enviou as peças para o estilista Franc Fernandez, criador da vestimenta original usada pela cantora.
Siluana Bezerra atua na direção criativa da loja, que produz peças exclusivas para fandoms de diversos artistas. “A gente faz todo um estudo e cria peças pensando no que os fãs gostariam de usar. Eles nos ajudam muito, mesmo depois do show entram em contato, sugerem looks”, comenta.
Segundo a estilista, as pesquisas para as peças começaram junto com os primeiros boatos sobre a vinda de Lady Gaga ao Brasil, após o show de Madonna. Com a vendas dos produtos inspirados na Mother Monster iniciadas há dois meses, o movimento na loja tem ficado mais intenso na última semana: “A gente já vendeu bem mais que no show da Madonna. Esses últimos dias estão sendo uma loucura, colocamos segurança na porta e estamos trabalhando quase 24 horas por dia. Mas estamos vendendo muito bem, tanto aqui quanto online”.
No início da tarde desta quarta-feira (30/04), a fila para comprar na Lix dobrava a esquina da Rua Senhor dos Passos com a Regente Feijó, tomada por Little Monsters de todo o Brasil, que esperavam mais de meia hora para garantirem seus looks para o show. Flávia Espinosa, de 27 anos, veio de João Pessoa, na Paraíba, para o Todo Mundo No Rio e aguardou mais de 45 minutos para poder entrar na loja: “Vim comprar alguns artigos, porque nunca é suficiente nessa euforia. Tem muitos itens que a gente não encontra com facilidade e a Lix proporciona isso”.
Quem também estava na fila era o trio formado por John e seus amigos Ariel e Rodrigo. Vindo de Manaus, o Little Monster falou sobre a emoção que o show da diva pop no Rio de Janeiro estava causando: “Nós três viemos priorizando looks confortáveis, não precisa ser nada muito babadeiro, mas estamos de olho na Picanha da Gaga. Somos de um lugar onde não tem muitos shows internacionais, então ver uma cidade toda montada de Lady Gaga é uma coisa surreal pra gente. Todas nós somos pessoas LGBT e parece que a vida toda tivemos que nos esconder muito. Estamos passando uma semana aqui em podemos ser nós mesmos”.
No número 162 da rua Senhor dos Passos está localizada a loja Viord, outro point com filas enormes de Little Monsters. Assim como na Lix, a variedade de produtos é extensa: bottons, camisas, peças de roupas inspiradas na estética da cantora, copos, tirantes e muitas outras opções. Nestes últimos dias antes do show, o estabelecimento tem trabalhado com horário estendido para atender o público, trocando o período de 9h às 18h por 7h às 19h.
Segundo a atendente Natália, desde a última segunda-feira a atividade na loja se intensificou: “O movimento está bem dentro do que a gente esperava, estamos vendendo super bem. Decidimos misturar peças exclusivas com outras de fornecedores externos para conseguirmos um preço melhor para os fãs. Principalmente os copos, bonés e camisas têm sido muito procurados, mas os campeões de vendas são os leques”.
Na fila para a Viord junto do namorado Paulo Demarchi, o paranaense Lucas Roque aguardava ansiosamente sua vez de comprar os artigos que irão usar no show. Segundo o fã, os dois têm sua história de amor marcada pela diva pop: “A gente se conheceu no lançamento do filme Nasce Uma Estrela e começamos a namorar por causa da Lady Gaga. A gente veio ano passado ver a Madonna e esse ano voltamos porque a Mother Monster marcou demais a nossa trajetória, vai ser como fechar um ciclo pra gente ver ela ao vivo juntos”.
Para os brasilienses André, Evaldo e Rafael a jornada pelo Saara foi longa. Chegaram às 10h da manhã e, por volta das 14h ainda estavam em busca de itens da diva pop: “A gente já comprou camiseta e copo e continuamos de olho nas peças”, conta Rafael. Insatisfeito, Evaldo adicionou uma crítica às lojas: “Estou revoltado porque não acho uma camisa XG, já andamos muito e o número maior que conseguimos achar é GG. Achei gordofóbico”.
Contudo, André adiciona que o grupo tem adorado o passeio, e comenta também sobre as peças: “A gente tá achando a região aqui do Saara muito tranquila. Não tem assédio dos vendedores querendo que a gente entre nas lojas, as pessoas no geral são muito educadas também. Estamos achando o máximo que estão vendendo peças de todas as eras, até da Artpop que costuma ser esquecida!”.
