Como as parcerias do Doce Maravilha são feitas? Saiba os bastidores do festival
Diretor artístico do festival, Rod Tavares, conversou com a Billboard Brasil
Falta pouco para o Doce Maravilha tomar conta do Rio de Janeiro. O festival acontece nos dias 25 e 26 de maio no Jockey Club e traz a diversidade da música brasileira com misturas e colaborações inéditas em cima do palco. Rod Tavares é o diretor artístico do evento. No currículo, ele já criou e comandou outros festivais, mas destaca a liberdade criativa que o Doce Maravilha oferece aos artistas.
“Outros festivais já estavam fazendo [colaborações], isso já existia. Mas o Doce elevou o patamar desses shows inéditos. Essa questão de trazer de volta um álbum antológico para hoje em dia, por exemplo”, diz o diretor em entrevista para a Billboard Brasil. “A proposta é criar um ponto especial no ano de turnê do artista e a primeira edição mexeu com o mercado.”
Rod ressalta a importância de entender a agenda e planos de cada artista para que o Doce Maravilha seja visto de maneira diferenciada pelo público –e queira ir. “Isso tem que ser muito bem alinhado com o ano do cantor. Quando antes a gente organizar, melhor.”
O line up da edição de 2024 traz Maria Bethânia com Xande de Pilares; Jorge Ben Jor apresentando “É Coisa Nossa!”; Jorge Aragão com BK, Xamã, Djonga, Ana Carolina e Negra Li; Capital Inicial celebrando os 25 anos do acústico da MTV; entre outros shows especiais.
Pode entrar, o palco é seu!
A curadoria do festival é do jornalista e produtor musical Nelson Motta. Ele e o empresário carioca Luiz Oscar Niemeyer criaram o conceito do Doce Maravilha há 15 anos, mas só em 2023 que o sonho saiu do papel.
“É uma troca muito grande com o Nelson. É um intercâmbio entre gerações. Ele está super por dentro [da música atual] e também de outras épocas. As ‘viagens’ partem dele e a [equipe] artística vai fazendo filtros. Entendendo os artistas que podem ter data ou não, o que pode ser viável”, explica Rod.
Leia também: Doce Maravilha: veja os horários dos shows do festival no Rio
Um ponto de destaque do Doce Maravilha é a possibilidade e liberdade para o artista definir o que deseja fazer em cima do palco.
As equipes dos cantores conversam entre si para a definição de ensaios e repertório. Claro, com pitacos aqui e ali da produtora.
“Nós perguntamos: ‘O que você gostaria de fazer? Como eu posso te ajudar para isso acontecer?’. Perguntei para o Gilberto Gil na primeira edição e ele quis se apresentar com o BaianaSystem, com quem ele tinha feito um show só em Salvador”, conta. “É o artista que dita o ritmo. Ao mesmo tempo, vamos ajudando a criar o show no paralelo. Vemos o quão viável é.”
“Doce Maravilha é uma marca. A gente tem que se aproveitar disso para levar para mais lugares. Recebemos público do Norte, Nordeste, de várias cidades. Sabemos que a demanda existe. Uma coisa que garanto é que não vamos levar a marca só por levar. Se no nosso quebra-cabeça, não tiver um show muito diferente que vale a pena ser desenvolvido para uma edição em outra cidade, não vamos fazer”, finaliza o diretor.
SERVIÇO – DOCE MARAVILHA
Data: 25 e 26 de maio de 2024
Local: Jockey Club do Rio de Janeiro (Praça Santos Dumont, 31 – Gávea, Rio de Janeiro/RJ)
Abertura dos portões: 12h
Classificação etária: 16 anos. Menores de idade poderão permanecer no evento autorizados judicialmente até 00h.
Ingressos: a partir de R$ 205 (no site da Eventim)