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ARTIGO: Como BK’ vem se destacando para além da música

ARTIGO: Como BK’ vem se destacando para além da música

Rapper ganhou prêmio em Cannes com seu último álbum

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BK

Ano após ano, o nome BK’ tem seu lugar reafirmado como um dos principais do rap nacional de sua geração. Desde a estreia com o álbum “Castelos e Ruínas” (2016), Abebe Bikila tem suas obras abraçadas e aguardadas pelo público e críticos de música, com atenção e cuidado. “ICARUS“, último lançamento de sua discografia, foi premiado com o Leão de Bronze na 70ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions e recebeu bronze no Latin American Design Awards, maior premiação de design da América Latina. Além de ter sido premiado também no Potências Negras e no Clio Awards. Tais movimentações figuram a presença de BK’ para além de somente a frente do microfone, mas como um multiartista dentro e fora dos palcos e estúdios.

Todo o processo entre os primeiros corres, as colaborações independentes na Pirâmide Perdida (2015 – 2021), e a construção de um olhar mais atento ao mercado foi feito com calma. BK’ passou a entender que sua arte gera uma renda e portanto também se tornava produto, e quis então tomar frente de tudo o que envolvesse seu negócio. Foi no meio desse caminho que sua trajetória se cruzou de forma mais intencional com uma equipe preparada, e a partir daí, juntos, a “marca” BK’ foi expandindo seus conhecimentos quanto a direitos autorais, de imagem, comunicação e distribuição de obras fonográficas, por exemplo. E foi com tal conhecimento e um propósito bem definido que o rapper fundou a sua própria gravadora: Gigantes.

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A Fundação Gigantes surgiu da ideia inicial de cuidar dos produtos do BK’, e foi somente num segundo momento que passou a se movimentar para conseguir dar espaço para novos artistas, nos quais a gravadora acredita que possam ter uma carreira longa. Então, desde o início foi lapidado este olhar sobre a qualidade e investimento no lugar da quantidade, pois para a Gigantes vale muito mais a pena ter poucos nomes em que apostam de forma longeva do que um milhão de artistas sem a prospecção de uma construção de carreira. Assim, veio esta nomeação de selo com este formato butique, com o intuito e compromisso em dar atenção e suporte 360 para os artistas, desde a gravação até depois do lançamento.

A partir disso, a junção com o Coala Music foi a evolução natural de uma parceria que começou com o BK’ lá em 2021, quando se iniciou o movimento de posicioná-lo cada vez mais neste lugar que ele é visto hoje, com o lançamento do projeto ICARUS. O lançamento do álbum foi o momento em que o time Coala quanto o próprio BK’ passou a sentir e identificar as possibilidades de amplificação desta parceria. Todos os processos envolvendo o álbum foram muito orgânicos – em termos de trocas e construção interna –, e bastante intencionais no sentido de mercado e posicionamento, e foi assim que foi sendo lapidado o mote de trabalho que hoje é exercido na Gigantes, com uma estrutura de pessoas 100% focadas no trabalho desses novos artistas.

A criação da Fundação foi surgindo então ao passo em que era desenvolvido o projeto ICARUS. Assim, foi-se potencializando este envolvimento do artista para além da criação e gravação das músicas, colocando o BK’ junto em todas as etapas do music business, garantindo que ele saiba expandir seu negócio para além da sua arte.

Pois uma vez que o artista diversifica seu investimento, ele diminui seu risco. Hoje em dia, qualquer artista que é inteiramente dependente da sua arte corre o risco de “perder tudo” do dia pra noite, agora, quando se é calibrado e direcionado a esta diversificação (sendo na produção de eventos proprietários, investimento em novos talentos e investimentos pessoais) se garante uma renda independente do lançamento de novas músicas. Além de que com essa diversificação, também se cria uma forma de manter a roda girando, do artista devolvido para a sua cena (que no nosso caso é o rap) com investimento na nova geração.

Diariamente pode-se perceber os impactos no mercado quando o artista passa a tomar conta do próprio trabalho, com seus próprios selos – até porque são iniciativas em sua maioria independentes, e qualquer movimento solo em grande quantidade movimenta o macro em alguma escala, ainda mais um mercado tão oligopólio quanto o fonográfico.

Então, a Gigantes se movimenta com atenção e intenção, o que acaba sendo refletido nos números, diferenciando-a. Hoje, após um saldo mais do que positivo com todos os desdobramentos e conquistas de ICARUS, a Gigantes se prepara para um investimento de 1MM ao ano em novas carreiras. Para isso, a butique segue na manutenção de se posicionar no mercado, agora, com o novo artista do trap Fye (que se destacou no lançamento da primeira mixtape da Gigantes, “Verão Criminoso”, lançada em 2023). O objetivo segue: amplificação de tais investimentos de forma estruturada, que se garanta mais confiança e credibilidade para alçar novos voos.

*Artigo escrito BK´ e Victor Senedesi, sócios da Gigantes

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