Homem compra ingresso para o dia errado e vai contrariado ao Rock in Rio
Marcos Antônio Silveira, de 54 anos, estava sozinho na Cidade do Rock
Em meio a milhares de camisas pretas, de times de futebol e looks do trap, havia um homem que não parecia muito contente no Dia Brasil, neste sábado (21), no Rock in Rio. Inédito e criado para a comemoração dos 40 anos do festival carioca, este dia conta apenas com atrações nacionais homenageando os gêneros musicais mais populares no país.
“Eu comprei o ingresso para o dia errado”, soltou Marcos Antônio Silveira, completamente contrariado. Vestindo uma camisa polo laranja, o advogado da área civil, de 54 anos, destoava do público da Cidade do Rock não só no visual, mas também no humor —que situava-se entre o frustrado e o resignado.
“Tão logo abriram as vendas eu cliquei e não prestei atenção.” Ele esclarece que comprou o ingresso antes da divulgação do line up e que não conseguiu repassá-lo, e muito menos companhia. “Ninguém quis vir comigo hoje”, disse o solitário e contrariado advogado logo após o show de trap que envolveu Matuê, Orochi, Filipe Ret, entre outras estrelas do gênero.
O autotune, os hits e os barulhos de águia típicos do trap não pegaram em nada o coração do homem que, apesar disso, se considera-se eclético —sobre o show dos trappers, ele resumiu seu sentimento com apenas uma palavra: “Nadinha”.
Apesar da frustração, ficam as lembranças boas e ruins de um festival que ele acompanha desde a terceira edição, em 2001. “Meu pior momento no Rock in Rio foi o Guns ‘N Roses e aquele atraso maldito de três horas”, diz ele, relembrando o show de Axl e companhia em 2011. “E a boa memória é o Rod Stewart em 2015.”