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5 coisas que você precisa saber sobre show histórico de Kendrick Lamar

5 coisas que você precisa saber sobre show histórico de Kendrick Lamar

Cantor fez apresentação com direito a participação de Dr. Dre

Avatar de Guilherme Lucio da Rocha
Kendrick Lamar

Kendrick Lamar fez um show histórico em Inglewood, Los Angeles, na noite desta quarta-feira (19), dois dias após completar 37 anos. Com grandes participações e destaque para sua “treta” com Drake, o rapper abalou o mundo do hip hop. A Billboard registrou toda a ação no Kia Forum, em Los Angeles, e destaca cinco dos momentos mais importantes da noite.

Ele é o que a ‘cultura sente’

Embora a plateia não fosse inteiramente composta por negros, o espírito da comunidade foi uma grande parte da noite, considerando a relevância histórica do dia 19 de junho –a data é marcada pela celebração do fim da escravidão nos EUA.

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Sean "Diddy" Combs (Foto: Reuters)

Desde os vendedores animados ao redor do ginásio até os sorrisos nos rostos das pessoas ao entrarem no local, o sentimento era de unidade. A escolha de fazer este show nesse dia foi inquestionável.

E a coisa ganhou ainda mais contornos quando Kendrick subiu ao palco com um moletom vermelho e calça jeans clara, fazendo referência a um figuro de Tupac Shakur (1971-1976). O lendário rapper da Costa Oeste, assim como os outros envolvidos da noite, foi lembrado numa nova rima cantada por Drake em “Euphoria”, outra diss dedicada a Drake.

“Devolva o anel de Tupac e talvez eu te dê um pouco de respeito em troca”, disse ele, em referência a um leilão vencido pelo Canadense.

Ele trouxe Dr. Dre

Como se o show já não tivesse impacto suficiente, o Kia Forum quase veio abaixo quando Dr. Dre apareceu ao lado de Kendrick, e os acordes reconhecíveis de “Still D.R.E.” captaram a atenção do público. A lenda do rap sabia exatamente o que as pessoas queriam e em seguida tocou “California Love“. Mas antes que ele pudesse deixar o palco, Kendrick pediu um favor. Dre sussurrou “psssss… I see dead people”, introdução de “Not Like Us”, e o espaço explodiu.

Veja quem participou do show histórico de Kendrick:

  • Dr. Dre
  • Roddy Ricch
  • Ty Dolla $ign
  • Tyler The Creator
  • Steve Lacy
  • YG
  • Schoolboy Q
  • Big Boy
  • G Perico
  • DJ Mustard
  • Russell Westbrook (jogador de basquete)
  • Demar Derozan (jogador de basquete)

Um detalhe cruel: Drake torce para os Toronto Raptors, time de basquete da sua cidade, no Canadá. Demar Derozan foi um astro do time.

DJ Mustard é dos melhores produtores de LA

O produtor por trás do hit nº 1 do Billboard Hot 100, “Not Like Us“, não é estranho ao hip hop. A plateia da Califórnia viu o quão prolífica sua carreira tem sido até agora. Ty Dolla $ign, Tyler the Creator, Roddy Ricch, YG e mais se juntaram a ele e a Kendrick  em hit após hit para aquecer a plateia para seu maior sucesso até agora.

Kendrick reuniu amigos e inimigos

Durante a noite, Kendrick trouxe amigos de longa data, e este momento foi marcante para essas pessoas. Ele reuniu seu supergrupo de rap, Black Hippy, formado em 2008 ao lado de ScHoolboy Q, Ab-Soul e Jay Rock.

Mas não foi só isso: o rapper ainda juntou membros das principais gangues de Los Angeles, entre eles muito rivais, que dançaram e curtiram em cima do palco –ele já havia feito algo parecido em 2014, aliás. Há quem diga que ao colocar tantos nomes importantes da cena no palco, ele recriou a capa do lendário álbum “To Pimp a Butterfly”, o terceiro de sua carreira.

Ele cantou ‘Not Like Us’ 5 vezes

Se havia alguma dúvida de que Kendrick evitaria sua extensa rivalidade com Drake, isso evaporou assim que ele subiu ao palco e começou a cantar “Euphoria“, uma das muitas diss tracks que ele dedicou ao cantor canadense.

Seu set não se desviou de seus sucessos como “DNA“, “King Kunta” e “Humble.” De muitas maneiras sua música “Alright” acertou a nota cultural exata que as pessoas esperavam que “Not Like Us” entregasse.

Mas depois de também apresentar “6:16 in LA“, a plateia ficou maluca quando “Mustard on the Beat” foi ouvido nos alto-falantes e “Not Like Us” começou.

Mas ninguém esperava que ele repetisse a música cinco vezes –seis, se contar a versão instrumental tocada enquanto o público deixava o ginásio. Uma após a outra, o rapper continuou a trazer a diss track mais famosa dessa treta de volta e a energia nunca diminuiu.

Não tenho certeza se alguém estava questionando, mas Kendrick realmente parece odiar Drake –há quem tenha chamado a apresentação da noite passada de “We Are The World” do ódio. O que foi inesperado é que uma música sobre alguém que ele se refere como um “colonizador” se tornou claramente o hino de um feriado em referência o fim da escravidão.

Ao terminar o show, ele declarou: “Não tem nada a ver com músicas de lá ou de cá. Tem tudo a ver com este momento aqui. É sobre isso que essa coisa toda se trata. Para reunir todos nós.”

Nobel da Paz para ele?!

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