21 hinos da luta contra a LGBTfobia
Canções de orgulho, amor e enfrentamento ao preconceito
O dia 17 de maio é o Dia Mundial da Luta contra a LGBTfobia, um marco na medicina e, especialmente, dos direitos humanos.
A data não foi escolhida por acaso. Em 1990, nesse mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID), pondo fim a décadas de estigma científico que tratava a orientação sexual como um “transtorno mental”. A decisão foi um marco na luta pelos direitos LGBTQIA+, mas a discriminação persistiu — e ainda persiste.
A data foi oficialmente estabelecida em 2004, após campanhas de ativistas e organizações, como o francês Louis-Georges Tin, criador do IDAHO (International Day Against Homophobia). Desde então, o dia ganhou reconhecimento global, incluindo o apoio da ONU e de governos de diversos países.
A música sempre foi uma poderosa arma de resistência e celebração da diversidade. Para celebrar a data e evidenciar a sua importância, selecionamos 21 canções emblemáticas que marcaram a luta contra a homofobia, inspirando gerações e dando voz à comunidade LGBTQIA+. Cada uma delas carrega uma mensagem de orgulho, amor livre e enfrentamento ao preconceito.
1. “Born This Way” – Lady Gaga (2011)
A Mãe Monstro fez de “Born This Way” um hino global de autoaceitação com a icônica frase: “No matter gay, straight or bi, lesbian, transgendered life, I’m on the right track, baby.” (Não importa se sou gay, hétero ou bi, lésbica ou transgênero, estou no caminho certo, querido). Além disso, influenciou debates sobre identidade de gênero e orientação sexual.
2. “Homem com H” – Ney Matogrosso (1983)
Um dos primeiros grandes sucessos a abordar abertamente a fluidez de gênero no Brasil. A performance revolucionária de Ney Matogrosso sempre desafia os padrões de masculinidade.
3. “I’m Coming Out” – Diana Ross (1980)
A música foi adotada pela comunidade gay como música de empoderamento nos anos 1980. O hino foi inspirado nos shows de drag queens que se apresentavam como Diana Ross nas boates.
4. “Smalltown Boy” – Bronski Beat (1984)
Retrata a história de um jovem gay expulso de casa por sua sexualidade. É um dos primeiros hits pop a abordar a homofobia de forma explícita.
5. “True Colors” – Cyndi Lauper (1986)
A música tornou-se um símbolo da visibilidade LGBTQIA+. Cyndi Lauper criou a True Colors Fund, organização que combate a homofobia.
6. “Flutua” – Johnny Hooker ft. Liniker (2021)
Colaboração entre dois importantes artistas LGBTQIA+ da nova geração. A letra sensual celebra o amor livre. O clipe é dirigido por Ricardo Spencer e tem o roteiro de Daniel Ribeiro ( de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”), além de ser protagonizado pelos atores Jesuíta Barbosa e Maurício Destri.
7. “Take Me to Church” – Hozier (2013)
A canção faz uma critica a hipocrisia religiosa e a perseguição a relações homoafetivas. O clipe mostra um romance gay violentamente reprimido.
8. “Same Love” – Macklemore & Ryan Lewis (2012)
Em pleno auge dos debates nos Estados Unidos sobre casamento igualitário, esta música defendeu o amor. Além disso, a canção foi usada em campanhas pró-LGBTQIA+ e contra a homofobia.
9. “Y.M.C.A.” – Village People (1978)
Apesar da letra aparentemente inocente, Ÿ.M.C.A” tornou-se um hino das paradas gays nos anos 1970/1980.O refrão e a dança são símbolos de resistência e alegria queer.
10.“K.O.” – Pabllo Vittar (2017)
A música se tornou símbolo de empoderamento queer e resistência, com a sua letra que fala sobre superação. A música ajudou Pabllo Vittar a se consolidar como a rainha do pop LGBTQIA+ nacional.
11. “Girls Like Girls” – Hayley Kiyoko (2015)
Uma das primeiras músicas pop abertamente lésbicas a viralizar. O clipe retrata um romance entre duas jovens sem estereótipos.
12. “Montero (Call Me by Your Name)” – Lil Nas X (2021)
“Montero (Call Me by Your Name)” desafiou tabus ao mostrar um homem gay no paraíso bíblico no clipe. Foi um marco para a representatividade negra e queer no hip hop.
13. “Meninos e Meninas” – Legião Urbana (1986)
Uma das primeiras canções do rock brasileiro a abordar a bissexualidade. Renato Russo trouxe representatividade à cena musical
14. “Pynk” – Janelle Monáe ft. Grimes (2018)
Celebra a feminilidade e fluidez de gênero com um clipe cheio de simbolismos queer. Janelle Monáe se assumiu pansexual após o lançamento.
15. “Express Yourself” – Madonna (1989)
Hino de empoderamento queer e liberdade sexual. Além disso, Madonna sempre foi uma aliada da comunidade LGBTQIA+ e até hoje usa sua influência para defender direitos iguais.
16. “HOT TO GO!” – Chappell Roan (2023)
A música e o clipe celebram a cultura drag e a liberdade queer com uma estética camp e irreverente. A faixa virou um hit em boates gays e festivais de orgulho.
17. “Meninos e Meninas F.C.” – Jão (2023)
A música e o clipe mostram como a nova geração de artistas brasileiros falam mais abertamente sobre sexualidade e desafiam de forma diferente os padrões e os tabus.
18. “Eu Comi a Madonna” – Ana Carolina (2003)
A letra explicita e ousada desafiou o conservadorismo da MPB nos anos 2000. Ana Carolina tornou-se ícone lésbico da música brasileira
19. “Lunch” – Billie Eilish (2024)
“Lunch” tornou-se um hino LGBTQIA+ por sua celebração natural e descomplicada do desejo entre mulheres, marcando um momento importante na carreira da artista.
20. “A Companheira” – Simone & Zélia Duncan (1994)
Uma importante canção sobre amor lésbico na MPB. A letra delicada fala de cumplicidade feminina e tornou-se símbolo da visibilidade lésbica nos anos de 1990
21. “Believe” – Cher (1998)
Além de ser um hino da música pop, tornou-se um símbolo da resistência LGBTQIA+ nos anos 1990. Cher é uma ícone gay, e a música foi adotada pela comunidade como um canto de perseverança. O uso pioneiro do Auto-Tune (que depois se popularizou) deu à música um tom futurista e libertador.