Whindersson usa o trap para mostrar seu lado ‘sexo, drogas e rock ‘n roll’
Sob o codinome de Lil Whind, cantor lança single e fará show temático em SP
Whinderson Nunes é um homem apaixonado pela comunicação nas suas mais diversas formas. Seja por meio da comédia, da música ou até mesmo da luta, ele se dedica ao máximo para se expressar.
Na seara musical, Whindersson se transforma em Lil Whind. E, segundo o cantor, é graças ao trap que ele consegue expressar um lado mais rebelde e falar de temas adultos.
“Faço música porque gosto, porque é mais uma forma de me expressar. E eu gosto de cantar trap porque assim tenho o poder de me expressar sobre vida sexual, se eu bebo, se eu fumo, falar sobre meus moods”, disse o piauiense, em entrevista à Billboard Brasil.
Em suas letras, muitas assinadas por ele com parceiros, Whindersson não esconde seu lado rockstar. Em “Lombra”, ele canta “A Ya queima um verdin’ grosso no meu banco de trás, treino pra ficar rasgado mas ela me rasga mais”. Já em “Barulho de Chuva”, os versos são “Me ver, balança o rabo tipo o meu cachorrim. Hoje nós transa escutando Felipe Amorim, vai taca com raiva a porra dessa bunda em mim”.
Sem concorrência com Anitta e Sonza
“É um ritmo jovem e de jovens, e que vem crescendo por aqui. Seria difícil competir com grandes artistas já consolidadas na música brasileira, como Luísa Sonza [ex-mulher de Whindersson], Anitta, Ludmilla. O trap vive uma competição, muitos artistas ainda estão se consolidando”, explica.
Amizade com Matuê
Quem ouve Lil Whind, entende bem essa explicação. Suas músicas são, de maneira geral, uma espécie de desabafo bem intimista sobre seus medos e desejos.
O trabalho de Whindersson na música é reconhecido pelos seus pares, incluindo Matuê, com quem o cantor passa boas horas no telefone.
“Já trocamos ideia por três, quatro horas. E não falamos só sobre música, falamos sobre vida, várias coisas”.
Lil Whind nos palcos
Nesta terça-feira (17), Lil Whind lançou o single “Iceberg”, em parceria com Tchaira. E a “estreia” do trabalho acontece num show, em São Paulo, no domingo (22).
A apresentação terá o tema “A Fantástica Fábrica de Macaxeira“, uma brincadeira com o título do livro de Roald Dahl, que fez sucesso nos cinemas, e com o nome da raiz, também conhecida como aipim e mandioca, no Nordeste. Para quem acompanha o lado cantor de Whindersson, sabe que um show de seu alterego trapper é algo raríssimo.
No entanto, o próprio artista tem dúvidas sobre o rumo da sua carreira na música. Ou seja: uma turnê mais longa do cantor, passando por várias cidades do país, não está confirmada, mas também não está descartada.
“Eu tenho outros projetos, uma agenda, e não faço nada correndo. Preciso me concentrar…”, disse, antes de ser interrompido pela sua equipe para reforçar que, sim, ele é focado o suficiente para tocar a carreira de comediante, músico e boxeador.