Single de J-Hope ganha remix ‘phonk brasileiro’, mas decepciona
Nova versão de 'Killin' It Girl' está longe de ser 'phonk brasileiro'
O novo single de J-Hope, “Killin’ It Girl”, é um sucesso de streams e nos charts. O clipe do rapper do BTS já tem mais de 12 milhões de visualizações no YouTube em apenas quatro dias.
Nesta terça-feira (17), a BIGHIT MUSIC liberou seis remixes de “Killin’ It Girl” – incluindo um “Brazilian phonk”, analisado pela equipe da Billboard Brasil.
Apesar do remix ser descrito como um phonk, a canção tem poucos elementos da versão gringa do funk brasileiro.
Os elementos percussivos remetem muito mais ao R&B eletrônico de Timbaland dos anos 2000 do que a pancadaria soturna que influenciou o gênero que empolgou a Europa no começo de 2023.
Elementos como o estilo “chopped and screwed”, ou seja, a manipulação vocal (pitch down, recortes) estão ausentes no remix – o que contribui para a sensação de que o tempo arrastado do phonk não está em “Killin’ It Girl”.
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Curioso também são os créditos de produção do remix de “phonk brasileiro”: Cirkut, Blake Slatkin e Inverness.
Os três produtores (nenhum brasileiro, vale dizer) são creditados em todos os seis remixes, além da faixa original.
Eles já trabalharam com outros grandes artistas: Lady Gaga, Charli XCX, Rosé, ENHYPEN, Katy Perry, NCY 127, SZA, Ed Sheeran, Bad Bunny, entre outros – mas nenhum phonk ou funk nas extensas listas de trabalho.
A BIGHIT sabe bem do poder de engajamento e paixão do público brasileiro. Em 2019, o BTS esgotou duas datas no Allianz Park, reunindo 90 mil fãs.
A loja do septeto na Avenida Paulista, em São Paulo, é um sucesso. A própria empresa já trabalhou com Anitta, em uma parceria com o grupo TXT (também gerenciado pela BIGHIT).
O remix abrasileirado de J-Hope merecia bem mais. E os fãs brasileiros também.
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