Sem ninguém pedir, Azealia Banks surge no Instagram defendendo o sinionismo
Rapper chamou a causa palestina de causa de 'hipster branco'
Depois de defender Donald Trump, Azealia Banks completou o bingo geopolítico de ultra-direita ao defender o sionismo em novo post no Instagram —feito na tarde desta segunda (28).
Ela surgiu repostando uma publicação na qual é acusada de defender o sionismo e das ações supostamente envolvendo menores de idade no caso Donald Trump-Jeffrey Epstein —o presidente norte-americano tem na relação com o milionário uma das maiores pedras em seu calcanhar posto que sua relação íntima com o amigo pode trazer relações com menores de idade, por exemplo.
“Primeiramente: minhas cores são azul e branco, eles podiam ter usado uma foto melhor e colocado a Estrela de Davi aqui. O sionismo é glorioso. Esse papo pró-Palestina é só mais uma causa de hipster branco mão de vaca. E branco pobre nunca vai estar na moda. Se for fazer esses cartazes, me faz ficar bonito, amor”, disse.
A publicação foi apagada horas depois. No Twitter/X, ela manteve:
Na tarde de terça-feira, Banks escreveu que “a Palestina não é um país” e que a “área é chamada de JUDÉIA por um motivo”. Ela também pediu a Israel que desse asilo aos palestinos negros.
“Israel deveria dar asilo a todos os afro-palestinos. Mas SOMENTE aos palestinos negros. Restaram cerca de 700 deles porque os palestinos os genocidaram. Libertem a Afro-Palestina e a Austrália Negra”, escreveu Banks.
Na quarta-feira, Banks comparou o massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023, no festival de música Supernova, a um hipotético ataque fatal no festival de música Coachella, na Califórnia. Cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel foram massacradas naquele dia, incluindo mais de 360 no festival de música Supernova, e 251 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza.
A causa sionista se posicionando a favor da existência e preservação do Estado de Israel como uma pátria judaica — o que, para muitos, é entendido como uma reafirmação da identidade judaica, da memória do Holocausto e do direito à autodefesa frente ao antissemitismo global. No entanto, o massacre na Faixa de Gaza e esforços anti-humanitários em territórios que se opõem a Israel tem sido reforçado pelo conceito, revelando que essa defesa pelo território judaico é, muitas vezes, defendido a custa da morte de quem se opõe.
Para defender Donald Trump, Banks argumentou que relacionamentos entre homens adultos e adolescentes eram culturalmente normalizados em décadas anteriores, escrevendo: “Honestamente, não estou surpresa nem brava com Trump por ter transado com uma garota de 15 anos, porque aqueles eram os tempos.” Ela mencionou suas próprias experiências, afirmando que tinha “idade suficiente para escolher” se envolver com homens mais velhos aos 15 anos. Embora tenha esclarecido que não apoiava tal comportamento hoje em dia, seus comentários foram recebidos com reações negativas imediatas.
Considerada uma das maiores revelações da música, em 2012, quando foi lançada pela XL Recording, Azealia passou, proporcionalmente à falta de bons singles, a se especializar em registrar suas opiniões nas redes sociais —boa parte dela indo contra o senso comum, o que a tornou uma espécie de “franca atiradora”. Ela já criticou de Beyoncé à Anitta, foi removida de festival após fazer comentários anti-LGBTQIAP+, detonou Charli XCX e Katy Perry e analisou a discografia de Kanye West por meio de um “fio-terra”.