Retrofuturista, duo Kasablanca vai do synth à italo-disco no Lollapalooza 2025
Duo norte-americano lembrou que o futuro é ontem, mas também é o amanhã


O duo norte-americano Kasablanca chegou ao palco Perry com um recado: o futuro é ontem, mas também é amanhã.
Por paradoxal que seja, o retrofuturismo da dupla pega tanto os fãs do originais criadores da música eletrônica, referências claras no som (Kraftwerk, Giorgio Moroder e, mais recentemente, Daft Punk) até a galera que hoje curto techno e trance.
As referências culminaram com uma introdução de Fire Starter do Prodigy, que terminou num momento de acidente techno que a pista respondeu como se fosse um afterhours num porão escuro.
Usando equipamentos analógicos, inclusive na cenografia do palco, com uma placa de sintetizador com o logo do duo, o Kasablanca encontrou seu caminho numa rota que usa o passado para encontrar o caminho do futuro.
Na faixas mais modernas, há elementos de French house e deep, criando momentos mais introspectivos sempre pontuados pelo peso do grave
Apesar do pouco tempo de estrada, a dupla chama atenção pela maturidade das produções e referências certeiras, como Tame Impala (que mereceu uma menção no set) e Underworld.
Kasablanca lançou seu primeiro single, “Hold Me Close”, em 2019, que rapidamente ganhou popularidade nas plataformas de streaming.
Em pouco mais de uma hora, a dupla americana levou o público do Lollapalooza 2025 a viajar pelo tempo, com paradas estratégicas pelo synthpop, italo-disco. Um prato cheio para fãs de música eletrônica de qualidade, para onde o palco Perry nitidamente virou seus holofotes este ano.