Relembre as maiores polêmicas do Grammy
66º edição da premiação acontece em 4 de fevereiro
O Grammy é uma das principais premiações da música. Ele acontece anualmente desde 1959, e reconhece artistas que brilharam durante o ano em diversos gêneros.
Neste ano, a premiação acontece no próximo dia 4 de fevereiro e, além de entregar os prêmios para os vencedores da noite, contará com shows de nomes como Dua Lipa, Travis Scott, Billie Eilish, Luke Combs, Oliveira Rodrigo, Joni Mitchell, Burna Boy e U2.
No entanto, nem só de coisas boas vive o Grammy. Brigas, polêmicas e insatisfações com vitórias consideradas não merecidas marcam a história da premiação.
Relembre as maiores polêmicas do Grammy:
Harry Styles vaiado
Em 2023, Harry Styles foi consagrado com o maior prêmio da noite: Álbum do Ano. O disco “Harry’s House”, o terceiro de sua carreira solo, foi o responsável por lhe garantir a vitória.
A vitória de Harry gerou revolta no público, e ele chegou a ser vaiado. Tudo isso porque ele concorria com nomes como Abba, Adele, Lizzo e principalmente Beyoncé. A cantora tem um histórico de ser preterida na categoria, e nunca ganhou um Grammy por Álbum do Ano.
O discurso que Harry teve ao vencer o premio também gerou confusão. Ele disse que a vitória parecia algo incomum para figuras como ele. “Isso não acontece muito com pessoas como eu”, disse. Ele foi acusado de “queerbaiting” (termo usado para pessoas que usam relações LGBTQIA+ de forma ambígua, sem de fato oferecer uma representação) pela comunidade LGTBQIA+
Falas machistas
Durante a 60ª edição do Grammy, Neil Portnow, CEO da premiação, teve uma fala madchista sobre a presença de mulheres na premiação.
Na ocasião, ele foi questionado sobre representatividade na preamiação, ele respondeu: “As mulheres que têm criatividade em seus corações e almas, que querem ser músicas, que querem ser engenheiras, produtoras e querem fazer parte da indústria em níveis executivos precisam ‘se destacar’”. Ele foi afetado do cargo um ano depois.
Música urbana
No Grammy de 2020, Tyler, The Creator expôs sua opinˆão sobre as categorias voltadas para música urbana na premiação. Segundo ele, elas servem como uma maneira de excluir artistas negros das principais vitórias da noite. Naquele ano, ele venceu a categoria Melhor Álbum de Rap.
“Por um lado sou muito grato que algo que fiz possa ser reconhecido em um mundo como esse. Mas ao mesmo tempo é ruim que quando nós, e me refiro a caras que se parecem comigo, fazem algo que transcende gêneros, sempre nos colocam na categoria de rapper ou urbano. E eu não gosto dessa palavra ‘urbano’, é só um jeito politicamente correto de dizer ‘a palavra com n'”, disse.
Ele continuou: “Então para mim, ser indicado na categoria de rap foi como um elogio e um tapa com as costas da mão. Tipo, ‘Ah, meu priminho quer jogar, vamos dar um controle desligado para que ele cale a boca e se sinta bem.”
Xixi do Kanye West
Em setembro de 2020, Kanye West chocou a internet ao compartilhar um vídeo em que aparecia fazendo xixi em cima de uma estatueta do Grammy. Ele já ganhou 24 prêmios.
Na época, Kanye fez críticas à indústria da música, e falou sobre como ela “escraviza artistas”.
“Quando você assina um contrato de música, você abre mão de seus direitos”, escreveu. “Sem as masterizações, você não pode fazer nada com sua própria música. Outra pessoa controla onde ela é reproduzida e quando é reproduzida. Os artistas não têm nada além da fama, turnês e merchandising.”