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Quem é a DJ que exalta as raízes amazonenses na música eletrônica

Quem é a DJ que exalta as raízes amazonenses na música eletrônica

May Seven tem 16 anos de carreira e muita paciência para lidar com a xenofobia

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May Seven

A música eletrônica chegou na vida de May Seven – também conhecida como Mayanna Neves – como um desafio proposto por um amigo. Sem nunca ter se apresentado, ela aprendeu, em uma semana, as técnicas de mixagem com ele.

Depois que subiu no palco pela primeira vez, decidiu que não queria outro caminho e agora completa 16 anos de carreira.

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“Minha mãe queria que eu fosse médica ou continuar na área de comunicação. Foi muito difícil para ela entender que eu queria viver de música”, conta a DJ para a Billboard Brasil.

“Com o passar do tempo, ela foi vendo aquilo como um trabalho e levando a sério. Minha mãe começou a ter orgulho disso, por ver que eu estava fazendo da forma certa, sem ser irresponsável, de forma profissional. Ganhei o respeito da minha família.”

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Nascida em Manaus, no Amazonas, May leva as influências de sua cultura dentro das tracks.

“A Amazônia é parte de mim. Eu reconheço minhas raízes, minha ancestralidade, então vejo isso como uma missão de levar para o mundo”, explica.

May Seven
May Seven (Divulgação)

Raízes nas tracks

A DJ reconhece que ainda existe muita xenofobia e preconceito com a cultura do Norte, mas combate a ignorância com cultura.

“Me vejo no papel, enquanto uma agente ativa na cultura, de propagar, de ter paciência, respirar fundo e mostrar nossas belezas, festivais e a nossa música. Educar as pessoas.”

Uma das principais influências da produtora é David Guetta. “Ele se renova com as tendências do mercado e está sempre a frente. Com tantas décadas de trabalho, ele nunca ficou para trás.”

Seu lançamento mais recente foi “Waiá-Toré”, produzida inicialmente em 2020.

“Contei com a experiência do compositor Ronaldo Barbosa Júnior. A canção é de uma toada de 2019. Eu estava na arena, com o Boi Caprichoso. Essa toada mexeu com todo mundo. Ela tem uma cadência diferente.”

Além disso, May também usou percussões com instrumentos indígenas, do percussionista João Paulo, e a voz de Patrick Araújo, cantor oficial do Boi Caprichoso.

“Eu vou lançar mais 12 músicas. Essa foi a primeira de um estilo musical que eu quero enraizar na eletrônica.”

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