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Qual a relação entre Michael Jackson e um porco espinho?

Qual a relação entre Michael Jackson e um porco espinho?

Lançado em 1994, 'Sonic 3' tinha uma trilha absurda e um mistério a ser revelado

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Sim, basicamente foi o que você leu. Lançado em 1994, “Sonic the Hedgehog 3” contou com a participação de Michael Jackson para o desenvolvimento da trilha sonora do game. Com o passar do tempo, algumas evidências foram deixando essa parceria entre o popstar e o pop-pig-espinho mais às claras.

Michael Jackson amava videogames

A SEGA, grande fabricante do setor, estava de olho nisso —e no fato de que Jacko vendia qualquer coisa que tivesse seu nome. Você lembra do clipe de “Smooth Criminal”? O vídeo do cantor em estiloso terno branco e em um bar que serve de locação para uma das mais famosas coreografias do pop também serviu de inspiração para um primeiro contrato entre produtora e popstar.

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Em 1990, a Sega lançava “Michael Jackson’s Moonwalker” e você podia jogar com o Rei do Pop enquanto “Beat It” e “Smooth Criminal” tocavam em versão 8-bit.

Essa foto…

Em 1992, Michael Jackson visitou a SEGA e posou com o presidente da companhia, Hayao Nakayama. Além disso, ganhou um fliperama Megalo 50 (com os jogos “Puyo Puyo” e “Golden Axe: The Revenge of Death Adder”) e ainda teve a oportunidade de jogar o recém-lançado “Sonic 2”.

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O sumiço (e a volta) de ‘Sonic 3’

Em 2018, muitos fãs de Sonic notaram o desaparecimento do terceiro volume da saga da plataforma de jogos Steam. Não é algo inédito, acontece sempre que um jogo precisa de atualizações, por exemplo. Mas aqui, nessa história, isso é fundamental.

Quando o título voltou ao Steam, surpresa: de fato, atualizações foram feitas. E foram atualizações na… trilha sonora. E isso desapontou muita gente, porque havia algo menos impactante naquele som novo.

A entrevista de Roger Hector

Os jogadores da versão beta de “Sonic 2” (uma versão chamada de Simon Wai, em homenagem ao chinês que descobriu o protótipo) tiveram acesso ao email de Roger Hector, um dos diretores da SEGA na época.

Em uma entrevista por e-mail, os jogadores perguntaram de tudo, inclusive qual foi o projeto mais difícil. Roger, sem cerimônia, escreveu:

“Fazer ‘Sonic 3’ foi bem divertido, mas também muito difícil. Michael Jackson foi convidado para compor toda a trilha, mas foi vetado após todos os escândalos que o cercavam terem se tornado públicos.”

Um dos nomes creditados na trilha sonora de “Sonic 3” era Brad Buxer, um talentoso arranjador e tecladista que formava o time musical de… sim, dele, Michael Jackson.

Em 1993, o músico estava em estúdio compondo o álbum “Dangerous” e, como se nada, Michael o informou que tinha sido convidado para trabalhar na trilha sonora de “Sonic 3”, o convidando para trabalhar no projeto.

Resultado da trilha impressionou

Quando Michael e a equipe submeteram a versão final da trilha sonora à SEGA, os executivos piraram.

“Eu fiquei bem impressionado com o quanto de Michael Jackson aquela trilha havia —e, mesmo assim, parecia algo novo!”, explicou Roger Hector, em entrevistas mais recentes que vieram à tona porque quem juntou lé com cré acabou ficando sem dúvidas: era coisa de Michael.

Não demorou para que várias pessoas queridas pegarem músicas do álbum “Dangerous” e colocarem lado a lado com as canções da trilha do porco espinho.

Todas dão na cara, desde de “Jam” a “Smooth Criminal”. No entanto, a que mais deu na cara foi o tema final, dos créditos, que é esculpida em carrara “Stranger In Moscow”.

A aproximação de Michael com a produtora de jogos rolava em anos cruciais da disputa entre SEGA e Nintendo. As produtoras japonesas precisavam mostrar suas armas e, claramente, o popstar era um evidente superpoder da SEGA.

Recentemente, um usuário subiu no YouTube um vídeo que mostra o cantor como personagem do simulador Advanced System-1 (AS-1), atração do parque de diversões Sega World, em Londres, que funcionou entre 1996 e 1999.

Mas por que essa polêmica toda?

O problema é que Michael não gostou do resultado de “Sonic 3” e pediu que seu nome fosse retirado dos créditos do jogo. A grande insatisfação do cantor era que o som não saía tão legal do console. Claro, em 1994, para juntar imagem e som, um console como o Mega Drive precisava comprimir os bytes.

Não à toa, os videogames do final da década de 1980 criaram uma estética sonora única que, hoje, você encontra com facilidade sob a tag “8-bit”. Certamente explicaram isso para o Rei do Pop, mas, fato é, ele não curtiu a diferença entre o que foi feito no estúdio e o que surgiu em “Sonic 3”.

Mas a trilha é fabulosa…

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