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Parintins vai começar! Conheça Rafa Militão, DJ manauara que agita o festival

Parintins vai começar! Conheça Rafa Militão, DJ manauara que agita o festival

Billboard Brasil acompanha o maior festival folclórico a céu aberto do mundo

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Rafa Militão é rapper e DJ, nascida em Manaus. Ela tem despontado, principalmente nos bailes e nas quebradas do Brasil todo, por unir um estilo único na sua produção musical: a soma do que bomba nos paredões com remixes feitos por produtores e DJs amazônicos com base em reggaeton, forró, rock e TOADAS.

As toadas são as músicas típicas do Festival de Parintins, cuja edição 2024 começa hoje (28). Sempre no mês de junho, a ilha, situada no coração da Amazônia, se veste inteira de vermelho e azul, as cores dos bois Garantido e Caprichoso, para receber a galera –nome dado às torcidas– que chega em caravanas de barco saindo de vários portos da região amazônica, ou de avião. Um fio condutor une todas as mais de 100 mil pessoas nos próximos três dias de festejos e disputa: a música e a celebração cultural histórica.

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Este é o segundo ano consecutivo que Rafa comanda as picapes da Arena do Bumbódromo –onde rolam as apresentações dos bois para mais de 30 mil pessoas. A estreia aconteceu nesta quinta-feira (27), na Festa dos Visitantes, e contou com shows de abertura de Thiaguinho e Belo. Visivelmente emocionados com a energia de Parintins, ambos prometem voltar à ilha. “Este é um lugar sagrado para a cultura brasileira. Isso aqui é uma riqueza que temos no nosso país e precisamos dar muito valor’, disse Thiaguinho, ao se despedir do público.

Para quem vive de perto a emoção da tradição, do território e da música, Parintins toca em lugares diferentes. A Billboard Brasil te convida a conhecer mais sobre essa festa e também sobre Rafa, uma das estrelas dessa festa.

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Quem é a Rafa na fila do beat?
A responsável por não deixar ninguém parado.

A música chegou como à sua vida?
Chegou aos 5 anos de idade através do coral infantil do Liceu de Arte do Amazonas. Depois, nunca mais nos separamos.

Como é ser mulher e comandar bailes e paredões pelo Brasil todo?
Iniciei minha carreira como DJ, uma profissão de predominância masculina, e conseguir sair de Manaus levando meu trampo é uma conquista gigantesca. Não temos muitas referências femininas nessa área saindo daqui.

Você tem um estilo muito único. A gente pode dizer que você une o Brasil pela música?
Antes de unir o Brasil, a nossa luta é para, principalmente, unir os estados do Norte, fazer com que todos entendam que é um movimento coletivo em ascensão –e não só na música, mas na moda também, nas produções, em vários segmentos culturais. Ainda temos muitas dificuldades para acessar o Brasil, mas essas oportunidades vêm para catalisar o caminho dessa união. Podemos dizer que estamos nesse caminho. A meta é fazer esse movimento se alastrar com força Brasil afora e marcar presença no line dos grandes festivais.

Rafa, segundo ano consecutivo em Parintins, o que veio de diferente na mala de Manaus para cá?
Estou tão nervosa quanto na primeira vez. É uma responsabilidade muito grande. Farei duas apresentações, e tocar nessa arena não é qualquer coisa, não é qualquer palco. Me organizei muito para trazer esse show para cá e estou confiante. O que faço é muito nosso. As pessoas vão ver um show totalmente diferente do que já apresentei. Esse nervosismo é porque eu chego aqui não representando só a mim, mas uma galera. Seja pela música, pela minha figura da mulher preta, do Norte. A gente faz música de verdade. A gente transformou folclore em reggaeton, forró, funk e até rock. A nossa música não é só toada, não é só folclórica, é um convite a olhar o que a gente faz a partir disso e com tudo isso que já temos.

Qual é a emoção de tocar numa arena para mais de 30 mil pessoas e entre nomes gigantes da música, como Tiaguinho e Belo?
Para alguém que vem do contexto social que venho, sendo uma artista que os conterrâneos enxergam com local, me sinto realizada por estar vivenciando esse momento ao lado de grandes nomes já consagrados da música brasileira e especialmente por estar oportunizando essa experiência para mais artistas periféricos, que sobem no palco comigo e que partiram do mesmo lugar que eu.
Eu me preparei muito para chegar aqui neste ano. Me dediquei, montei produções com artistas nossos –produtores, DJs–, são remixes exclusivos. Acredito muito no trabalho que venho fazendo.

Tem uma Rafa antes e depois de Parintins?
Com toda certeza. Não conheço um artista que pise nesse palco encantado e volte do mesmo jeito. Sem sombra de dúvidas é um marco na minha trajetória e na das pessoas que me acompanham. Para o futuro podem esperar muitos lançamentos dentre músicas, clipes, curta-metragens, colaborações em produções musicais com grandes nomes da música brasileira, como Sandra Sá, Márcia Siqueira, e, com muita fé, estaremos presentes nos maiores festivais do Norte que acontecem neste semestre.

*Colaborou Marcelo Rocha

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