Neil Gaiman é processado por estupro e tráfico de babá
Autor britânico é conhecido por 'Sandman' e 'Coraline'
Uma ex-babá que trabalhou para Neil Gaiman e sua ex-mulher Amanda Palmer entrou com uma ação federal contra o escritor britânico por alegações de tráfico de pessoas.
A babá, Scarlett Pavlovich, também acusou o autor, de 64 anos, de abuso sexual, agressão, estupro e coerção.
Ela é uma das várias mulheres que acusaram Gaiman de má conduta sexual.
Scarlett falou com a “Vulture” no início deste mês, cerca de seis meses após o podcast britânico “Master” publicar seis episódios sobre cinco mulheres com alegações de agressão sexual contra Gaiman.
O autor de “Sandman” negou todas as alegações de atividade sexual não consensual.
Em seu processo contra Gaiman, que também cita a ex-mulher, Scarlett o acusou de violência sexual em várias ocasiões enquanto trabalhava para ele e a ex-mulher na Nova Zelândia.
Ela conheceu Amanda em Auckland em 2020, quando tinha 22 anos, segundo o processo.
Eles se tornaram “conhecidos” e Pavlovich diz que às vezes visitava a casa de Amanda na Ilha Waiheke e ajudava nas tarefas domésticas.
A ex-babá afirma que Amanda sabia que ela era “economicamente insegura” e “estava sofrendo de problemas de saúde mental”.
Scarlett afirma que foi estuprada por Gaiman pela primeira vez em fevereiro de 2022, depois que lhe pediram para cuidar do filho do casal em Waiheke.
O processo continua descrevendo outros casos de suposta violência sexual em detalhes gráficos que supostamente aconteceram enquanto ela trabalhava para o ex-casal.
Embora Scarlett tenha sido informada de que seria paga, ela não foi paga até meses após o término de seu emprego, ela alega.
Amanda “conscientemente recrutou Scarlett para vir a Waiheke com a intenção de obter o trabalho não remunerado”, alega a queixa.
A queixa descreve a ex-babá como um “refém econômico de Palmer e Gaiman”.
O suposto comportamento de Gaiman foi “pretendido para coagir Scarlett a prestar serviços sexuais e assistência infantil gratuita, fazendo-a acreditar que se não realizasse tal trabalho e serviços, sofreria danos graves ou contenção física”, diz a queixa.
Quanto a Amanda, a queixa alega que ela “imprudentemente desconsiderou o fato de que Scarlett seria forçada a suportar atos sexuais comerciais cometidos por Gaiman”.
Desde que a “Vulture” publicou as alegações contra Gaiman, a Dark Horse Comics disse que não publicaria mais suas obras.
Na semana passada, a “Variety” confirmou que a adaptação televisiva de “The Sandman” da Netflix terminará com sua próxima segunda temporada, embora a intenção fosse que fosse a última antes do início das filmagens em 2023.
Um musical baseado no romance “Coraline” de Gaiman também foi cancelado.
