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Morre Seo Carlão do Peruche, baluarte do Carnaval de São Paulo, aos 94 anos

Morre Seo Carlão do Peruche, baluarte do Carnaval de São Paulo, aos 94 anos

Agremiação lamentou ocorrido em comunicado nas redes sociais

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Seo Carlão do Peruche

O Carnaval de São Paulo perdeu, nesta segunda-feira (17), um de seus fundadores. Seo Carlão do Peruche morreu aos 94 anos.

A agremiação publicou um comunicado nas redes sociais lamentando a morte.

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Mocidade (REUTERS/Tita Barros)

“Carlão não foi apenas um ícone; foi um verdadeiro mestre, cuja dedicação e entrega transformaram o mundo do samba e inspiraram gerações de perucheanos e amantes da nossa cultura”, diz a escola.

“Em homenagem a sua vida e à sua contribuição inestimável, o enredo ‘Axé Grio! Carlão do Peruche, o Cardeal Preto do Samba’, que apresentaremos daqui a cinco dias, reafirmando o compromisso de manter viva a memória e o espírito deste grande sambista”, acrescentaram.

“Que a lembrança do Seo Carlão continue a iluminar os caminhos do samba e inspire todos nós seguirmos celebrando a vida com a mesma alegria e autenticidade que ele nos ensinou. Descanse em paz, eterno cardeal, e que o seu legado ecoe para sempre em nossos corações.”

Veja o samba-enredo do Peruche em homenagem à Seo Carlão

Laroyê! Eu sou cria do tambor
Alma que surgiu no universo de Olorum
Fruto da inspiração, força da terra ancestral
Luta e orgulho, negro imortal
Eu vim… No vento tal poeira
Num ritual que atravessou o mar
África, espalhou pelo mundo afora
A vida se fez luz em Pirapora
Nossa Senhora, me consagrou
Um aprendiz, na batucada me entreguei
Compositor do meu destino, fui além

Hoje o “coro vai comê” no Terreiro do Caqui
Bate o surdo nego, a Filial vem aí…
É quilombola essa gente soberana
Gigante escola de samba

O tempo sombrio…
Opressão e preconceito sobre nós
Invadiu a nossa casa, destruiu
Tentaram calar a nossa voz
“Laranja boa, seu moço”
Nosso quilombo resistiu
À luta de um povo guerreiro que não desistiu
Ouço o repicar dos tamborins
Tantos carnavais, meu peito emana
A riqueza do amor mais bonito
Legado a nação que me aclama

Eu era menino, e sonhei…
Que a Peruchada fez de mim um grande Rei
Um Cardeal da Rua Zilda ao infinito
E arquibancada hoje vem cantar comigo!

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