Morre Mauro Motta, ex-colaborador de Roberto Carlos e Raul Seixas
O instrumentista tinha 77 anos e morava em Guapamirim, no Rio de Janeiro

Morreu ontem, em Guapamirim (cidade a 88km de distância do Rio de Janeiro), o músico e produtor Mauro Motta. Ex-parceiro de Raul Seixas, colaborador de Roberto Carlos e parceiro da dupla Robson Jorge & Lincoln Olivetti, ele tinha 77 anos e há tempos enfrentava problemas de saúde. A causa de sua morte não foi revelada.
Mauro Motta nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de fevereiro de 1948. Os primeiros passos na música foram dados por influência da mãe, que o levou para aulas de piano quando tinha cinco anos. Em 1968, Mauro integrou o Blue Jeans, grupo de baile que fazia seu périplo pelos subúrbios cariocas. Naquele período, fez amizade com Raul Seixas, então cantor do Raulzito e seus Panteras.
No mesmo ano de 1968, Mauro se bandeou para o Renato & Seus Blue Caps, ícones da Jovem Guarda. Versátil, sabia manejar não apenas o teclado Hammond B3 –na canção “A Esperança é a Última que Morre”– como também tocou um cravo barroco. A parceria com Raul se afinou por conta da entrada do roqueiro baiano na CBS como diretor artístico. Os dois criaram, por exemplo, “Doce Doce Amor”, eternizada por Jerry Adriani no ano de 1973, além de “Ainda Queima a Esperança”, da cantora Diana.
Roberto Carlos gravou diversas músicas do compositor e instrumentista carioca. Entre elas estão “Nosso Amor” e “Eu Me vi tão Só” (com Edu Ribeiro), e “Como Eu te Amo” (com Carlos Colla). Já “Eu e Ela” e “De Coração pra Coração” são parcerias de Mauro ao lado da dupla Robson Jorge & Lincoln Olivetti, de quem foi colaborador constante (ainda que “De Coração pra Coração” tenha pitacos de Isolda, outra autora de fé de Roberto Carlos). Mauro, Lincoln e Jorge criaram, entre outros hits, “Fim de Tarde” e “Eu Preciso te Esquecer”, sucessos da cantora Claudia Telles nos anos 1970.