Misturando forró e trap, WIU emplaca música de novo álbum no Hot 100
'Rainha da Finesse' é destaque do CD 'Vagabundo de Luxo'


Do bonde da 30praum, WIU foi o primeiro do trio formado com Matuê e Teto a atender o pedido dos fãs por um novo álbum com completo. Com “Vagabundo de Luxo“, a retribuição veio rápido. Terceira faixa do disco, “Rainha da Finesse” ganhou destaque entre as músicas mais ouvidas do país, segundo o Billboard Brasil Hot 100, ocupando a 36ª posição nesta semana.
Essa talvez seja a música que melhor exemplifica a mensagem que WIU quis passar com o álbum. Focado em um amor mais maduro, uma espécie de evolução do seu trabalho anterior, “Manual de Como Amar Errado“, disco traz letras com construções mais refinadas e boas misturas –como o refrão de “Rainha de Finesse”, que tem um pouco de trap e um pouco de… forró.
“Me peguei nesse último ano vivendo coisas que nunca imaginei e esse álbum é uma maneira de contar tudo isso. E não é só sobre o amor, tem a ver também com a minha família, com meus amigos. Em resumo, eu quero colocar um sorriso na cara de todo mundo que quer curtir”, resume.
Conceito de ‘Vagabundo de Luxo’
Ao todo, o “Vagabundo de Luxo” tem 13 faixas e não conta com nenhuma participação, raridade em tempos de feats com dezenas de artistas dominando as listas.
Mas WIU explica que os feats não rolaram mais por uma espécie de preciosismo seu do que propriamente um desejo. Ele convidou alguns artistas (não revelou quais), mas por questões de agenda e afins, preferiu tocar o barco sozinho.
Aliás, o rapper tem como uma das suas principais qualidades a visão estratégica da carreira.
Seus parceiros de 30praum, Matuê e Teto, têm filosofias parecidas: mantêm o foco em trabalhos de longo prazos, álbuns com conceito e tempo de maturação maiores que o imediatismo atual, apostando em parcerias pontuais.
Porém, no caso de WIU, soma-se a isso a capacidade para produzir boas músicas. Desde os tempos em que trabalhava os primeiros beats para Matuê. Em “Vagabundo de Luxo”, foram meses pensando no conceito de evolução amorosa, de ter um trabalho “de balada”, mas com uma cara diferente do comum.
“Tem música que gravei há três anos, tem música que gravei faz um mês. Eu quis arriscar. Não estou tentando tão hard inventar algo. Eu faço música que faz mexer –e tem funcionado”, finaliza.