Mingau: ‘Agora é lutar pela vida’, diz neurologista que atende baixista do Ultraje
Em coletiva, os médicos responsáveis informaram que condição de Mingau é grave
O integrante da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, segue em estado grave na UTI do hospital São Luiz, na zona Sul da capital paulista. Em coletiva nesta terça-feira, os médicos responsáveis pela cirurgia e internação do baixista informaram que é preciso paciência e esperar que o tecido cerebral reaja. O músico segue em estado grave e acompanhado do tio e do irmão, segundo contou à Billboard o empresário Junior Valadão. A filha do baixista pediu por doadores de sangue em São Paulo que pudessem ajudar o pai.
O médico Manuel Jacobsen, responsável pela cirurgia de Mingau, avaliou o momento como “crítico”. “É pouco provável que retiremos a sedação agora. Esse é o período de pico de inchaço cerebral e pressão intracraniana. Até o momento, pôde-se dizer que é um neurotrauma exclusivo, pois não constatamos complicações em outros órgãos. Mas é preciso parcimônia, agora é preciso lutar pela vida, e só depois analisar o prognóstico”, explica.
“Atendemos o Mingau no domingo, nós fizemos os exames clássicos e adequados para a situação — incluindo exames de imagem da cabeça aos pés. Ele foi para o centro cirúrgico, uma vez que havia traumatismo craniano, para prevenir infecções e remover situações de coágulos que se formam no tecido traumatizado. Tudo foi feito de acordo com as normas e as técnicas adequadas. Ele está em uma unidade neurointensivista. Operações futuras podem ser necessárias, mas só o tempo irá dizer. Na UTI se fazem exames e se avaliam”, informou Jacobsen.
Polícia acredita que tiros vieram após confusão de traficantes
A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a possibilidade de o carro onde estava Mingau pode ter sido confundido e, por essa razão, traficantes atiraram contra o veículo e balearam o músico.
Em entrevista ao Fantástico, o delegado responsável pelo caso, Marcello Russo, afirma que a região é ocupada por traficantes armados.
No domingo (3), um homem foi preso por suspeita de participar do ataque a tiros. Com ele, a polícia encontrou com drogas, armas e carregadores.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro também identificou mais três suspeitos de participarem da ação e pediu à Justiça que expedisse mandados de prisão preventiva contra eles.