Masego avalia preço da fama: ‘Todos tentam tirar uma casquinha’
Cantor jamaicano-americano relembrou período em que morou dentro de carro
Masego sobe ao palco do Circo Voador nesta terça-feira (5), no Rio. O cantor jamaicano-americano, dono do viral “Tadow” no TikTok, é conhecido pela mistura de gêneros em suas músicas, definido como TrapHouseJazz. Em bate-papo com a Billboard Brasil, o cantor de 30 anos falou sobre sua paixão pelo Brasil e prometeu um show de fazer todos suarem. Ele já veio ao país diversas vezes e arrisca algumas frases em português.
“Fico curioso sobre a história das pessoas negras em outros lugares. Meus amigos me ensinaram todas as gírias. As canções em português também. Da mesma forma que as pessoas aprendem inglês com comédias… Sei que ‘Todo Mundo Odeia o Chris’ é popular no Brasil”, conta. Masego também assistiu “Cidade de Deus” (2002) e “Orfeu do Carnaval” (1959) para se aprofundar.
“Cabe a você aprender sobre outras culturas em vez de andar por aí como se o inglês fosse a coisa dominante”, afirma o músico. Sua discografia conta com três álbuns: “Lady Lady”(2018), “Studying Abroad: Extended Stay”(2020) e “Masego” (2023).
Questionado sobre os desafios da fama, o artista critica as pessoas que se aproximam dele por interesse. “Todo mundo tenta tirar uma casquinha de você. É uma batalha de quem é mais inteligente”, desabafa.
“A melhor coisa é tocar as pessoas, porque, no final do dia, posso ir a qualquer país e alguém vai ter ouvido uma música minha. Alguém está me olhando com uma conexão emocional, é uma experiência única.”
Masego, que teve uma vida humilde em Kingston, na Jamaica, acrescenta que o tempo é seu maior tesouro. Ele também se apresenta no The Town no dia 7 de setembro.
“Quando eu era pobre, quando não tinha onde morar e dormia no carro, ainda tinha um tempo para me dedicar a algo que me tirasse da minha situação. Às vezes é meditação, leitura, algo que não está online. Mesmo que seja 30 segundos do seu dia. O tempo é muito precioso.”