Madonna reúne 1,6 milhão em Copacabana; público reclama de mal-estar e furtos
Riotur divulgou nota sobre operação; turistas relatam perrengue
A psicóloga Adeline Santos, de 36 anos, viajou de São José dos Campos, no interior de São Paulo, até o Rio para o show de Madonna, neste sábado (4), em Copacabana, mas decidiu sair do local antes do fim da apresentação.
A caravana com 60 pessoas chegou à cidade de manhã e vai embora na madrugada deste domingo (5). Ela chegou às 8h em Copacabana e ficou bem na frente do palco.
“[Durante o show] tinha muito empurra-empurra e comecei a me sentir mal. Os seguranças de dentro da grade nos ignoraram. Pedíamos ajuda para socorrerem quem estava passando mal. Uma colega da caravana desmaiou, e eles disseram que não tinham comunicação com os bombeiros”, desabafa.
Ela e Erick Vinicius, cozinheiro de 24 anos, decidiram deixar o show antes para ir embora com mais calma. No caminho, encontraram um colega da caravana, furtado minutos antes.
Milton Yoshio, de 62 anos, tentou gravar um trecho do show, mas teve o celular puxado. “Um pesadelo”, diz o engenheiro. Ele também relatou extrema dificuldade para sair do meio do público, mas teve a sorte de cruzar com os colegas de caravana.
“Impotência muito grande nossa. Guarda foi perfumaria”, finaliza Adeline.
‘Evento histórico’, afirma Riotur
Responsável pelo turismo no Rio de Janeiro, a Riotur divulgou uma nota após o fim do show dizendo que o público que acompanhou Madonna nas areias de Copacabana chegou a 1,6 milhão de pessoas. E definiu a apresentação como um “evento histórico”. ”
“Seguindo a recomendação da prefeitura, as pessoas chegaram com bastante antecedência ao show […] e, por volta das 20h, mais de 1 milhão de pessoas já estavam acomodadas nas areias. A apresentação iniciou às 22h45, quando Madonna subiu ao palco, levantando o público, que, ao todo, foi de 1,6 milhão de pessoas, nesta que se tornou a maior pista de dança do mundo.”
A Riotur destacou que o planejamento prévio foi fundamental para a acomodação de todos. “A Riotur ampliou o atendimento turístico nos postos de informação, com aumento no efetivo do receptivo, e carga horária estendida.”
Segundo a Billboard Brasil apurou, houve poucos casos de atendimento médico mais graves. A maior parte foi de pessoas com mal-estar, especialmente pelo calor. Ainda não há dados oficiais consolidados nem sobre postos médicos, nem de casos em que a polícia precisou ser acionada.