Justiça exige que NewJeans honre contrato exclusivo com ADOR
Integrantes tentaram sair da empresa de K-pop

O Tribunal Superior de Seul decidiu a favor da ADOR, a gravadora por trás da potência do K-pop NewJeans, em uma disputa judicial que engajou fãs e membros da indústria nos últimos meses.
Na terça-feira (17), um painel de juízes manteve uma liminar anterior que impede o grupo de exercer atividades fora de seu contrato exclusivo com a ADOR.
O tribunal rejeitou o recurso do quinteto, alegando que não havia fundamento legal suficiente para anular a decisão original, tomada para manter o status quo do contrato.
Em sua petição, as integrantes da NewJeans argumentaram que a HYBE, empresa que comanda a ADOR, havia quebrado a confiança essencial ao seu contrato — apontando para a auditoria interna da agência e a controversa demissão da ex-CEO da ADOR, Min Hee-Jin.
Elas também citaram a falta de apoio e a negligência da gravadora como fundamentos adicionais para o recurso.
No entanto, o tribunal discordou, não encontrando nenhuma cláusula contratual que garantisse a posição de Min como CEO ou produtora.
Os juízes enfatizaram que, embora a disputa pela liderança possa ter criado tensão, ela não invalidou a natureza vinculativa do acordo.
O tribunal observou ainda que a HYBE agiu de boa-fé ao estabelecer a ADOR especificamente para a NewJeans e fornecer grande apoio para a estreia e ascensão do grupo ao estrelato.
Mesmo após a demissão de Min, a HYBE teria se oferecido para mantê-la envolvida na direção criativa do grupo e, posteriormente, a reintegrou como diretora interna da ADOR.
Em resposta às preocupações sobre inatividade e interrupção da carreira, os juízes concluíram que qualquer dano resultante decorreu da recusa dos membros em cumprir as obrigações contratuais — e não de ações da empresa.
Eles também enfatizaram que o contrato havia sido negociado individualmente e não poderia ser considerado um acordo injusto e universal sob a lei coreana.
A decisão destacou o potencial prejuízo financeiro para a ADOR caso o grupo pudesse rescindir unilateralmente o contrato, um risco que os artistas reconheceram desde o início.
O prazo de sete anos, observou o tribunal, foi claramente acordado por todas as partes.
Com a decisão, o tribunal reafirmou a autoridade legal da ADOR sobre a gestão da NewJeans e encerrou definitivamente a tentativa do grupo de obter controle independente de suas atividades, marcando um capítulo significativo em uma batalha judicial que pode remodelar como os contratos entre artistas e gravadoras são vistos na indústria do K-pop.
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