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Uma hora de conversa com Jorge Aragão gargalhando do outro lado da linha

Uma hora de conversa com Jorge Aragão gargalhando do outro lado da linha

Gravando com Thiaguinho, ele fala como errou ao subestimar nova geração

Avatar de Yuri da BS
jorge aragao ja e thiaguinho

Jorge Aragão chega a 2025 como compositor cuja obra parece não ter encontrado muitas barreiras do tempo. Aos 75 anos, ele é ídolo do samba, do pagode, dos manos e das minas que curtem um rapdubom. Depois de enfrentar 28 stents no coração, quimioterapia e Covid, o “poeta” chega ao ano vigente gravando com Matuê, Djonga, Liniker, Emicida e, agora, acaba de lançar a faixaElixir” com Thiaguinho.

Dele com os ratos de caneta Wilson Prateado e Picolé, a parceria é mais uma confirmação do quanto Jorge vem sendo amado por gerações do samba e do pagode —gênero que o próprio compositor ajudou a revolucionar década após década— mas também dos (t)rappers, filhos de sambistas e pagodeiros.

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Nesta entrevista transcrita na íntegra, o poeta contou à Billboard Brasil, em 45 minutos de telefone, sobre como não tinha noção alguma de como a nova geração o adorava, de como odiou quando um parceiro se intrometeu com a gíria “já é” em um poema inacabado —e que virou um hits obrigatórios no repertório e como isso também aconteceu com o refrão de “aí foi que o barraco desabou”, do outro sucesso absoluto “Eu e Você Sempre”. Anteriormente, ele já havia refletido, também à Billboard, sobre composições como o hino “Identidade”.

Além disso, em um papo com muitas gargalhadas, ele explica seu estranhamento com pessoas que tiram fotos dele sem ele saber e postam nas redes sociais, de como sempre quis ficar “abobado olhando o céu” e que, low profile, sempre viveu do meio da música, mas nunca no meio da música.

Noves fora, ficou muito feliz em saber que uma de suas músicas prediletas (“I Can’t Take My Eyes Of You”, de Frank Valli) foi parodiada nas arquibancadas e se tornou um grito de guerra popular da torcida do time do seu coração. Você também da conversa —com músicas do Jorge sendo cantadas por outros intérpretes— no programa “eu&vc”:

Primeiro ato: como você tá?

Boa tarde, Yuri
Jorge, como você tá?
Graças a Deus, meu filho. Tô por aqui. Tô mais velho, mas tô bem!

Tá em São Paulo?

É, tô em São Paulo aqui, agora.

Mas falando de coração, como é que cê tá?

Graças a Deus, tá tudo direitiiinho [o poeta estica o “direitinho” naquela voz característica]. Sigo o que o doutor manda eu fazer.

E pelo que eu entendi o lugar mais feliz ainda é estar no palco.

Agora? Meu filho, sim, é trabalhar [o papo ganha contornos de conversa por cima do muro, vizinhos].
Graças a Deus, olha… Tá tudo pronto, tudo certinho. Vê o negócio de pressão, vê não sei o que. Eu tirei a vesícula agora, no início de dezembro. Então, eu é que tava dando uma atrapalhada no negócio. Mas é meu histórico… Toda hora eu dou uma paradinha pra fazer uma recauchutagenzinha… E vamos seguindo

Um pit-stopzinho. 

É, Tem que fazer, tem que fazer…

A parceria com Thiaguinho, um dos maiores showman do pop brasileiro

E aí, então, o senhor decide fazer música nova logo com o maior showman do pop brasileiro. E eu queria saber como —sendo ele um fã seu de longa data e você sempre tendo certo carinho com cantores e grupos das novas gerações— isso não aconteceu antes? Qual bastidor disso?

[Jorge solta um leve sorriso, é possível ouvir que dá a entrevista de forma relaxada, comendo algo] Não é que eu estava “aguardando algum momento”, não. Me parece que Deus me dá essas missões. De vez em quando, em camadas, vêm algumas coisas que eu não estava esperando —e elas parecem que se encaixam perfeitamente. Assim foi também o projeto “Identidade”. Nunca imaginei cantar com os meninos de rap e… trap. Porque eu tô na minha achando que eu sou de uma outra geração. Mas, no meu samba, eu consigo ver a evolução, sabe. Mas não na linha de tocar com esses meninos com uns milhões de seguidores, né? Senti que não havia necessidade disso. Mas eu me enganei. Porque o carinho e o reespeito deles foi o que me deu o termômetro de uma coisa que eu tinha esquecido. Eles foram criados com pais e avós que…

Que ouviam o Jorge…

[Ele gargalha curto] Pois é!

Mas deixa eu te interromper só para perguntar se quando tu entra no estúdio com Djonga, BK, Emicida, Liniker… Você me diz que não tinha noção de que a sua música estava na vida desses caras?

Muita não, meu filho. Eu não tinha nenhuma! Nenhuma. Pra ser sincero, sabe? Foi minha filha Tânia [Aragão, produtora do pai] quem comécou a acreditar e dizer que podia… Quando ela falava com alguém, o que vinha era sempre surpresa e honra. “Honra”. É essa palavra que o pessoal tem usado, sabe? Isso de certa forma me assustou, Yuri. Se foi bom… Tô igual ao Roberto Carlos. Se foi bom ou se foi bom, sei lá…

O importante é que emoções…

É! [gargalha] Exatamente! E eu fui saber essas coisas assim agora pouco tempo. Sempre vivi na minha bolha. A minha vida toda sempre vivi dentro do meu mundo. Eu gosto disso. Sabe? Eu não preciso das informações que o mundo… Pelo menos a de grande parte da mídia, o que ela impõe pra mim. Eu não preciso não, sabe? Eu vivo muito bem com cara de abestado, olhando pro teeempo… Pro cééu… Eu nunca joguei bola pra poder sair com uma turma, nunca fui de sair, final de semana, quer dizer… Nunca fui de beber, tomar cerveja pra poder estar com grupo. “Ah, vou sair para ir para a balada…”. Nunca fui. A música parece que ela ficou e eu me achei —e ela me achou também. Então, nunca tô imaginando onde o meu nome está alcançando.

Mas, Jorge… Você está o tempo todo na rua, aparece ali no Beco do Rato, aparece ali no Samba do Trabalhador, e não sei onde, super solícito. E tu olha pra frente só tem gente nova indo atrás pra ver você. Ver esses rostos novos não foi o suficiente para saber que tua obra chega popular demais entre os mais jovens? Qualquer roda de samba no Rio de Janeiro tem cinco, oito, dez músicas suas. Não te impressionas???

[Gargalha como um carro que tenta pegar em dia frio] Impressiona, sim. Quando eu disse, falei em percepção ao meu nome na rua. A minha música eu nunca tive dúvidas. Eu tenho sido agraciado. Eu tenho muita sorte de saber que meu autoral foi abraçado por todos os músicos de roda de samba país afora. Mas o que acontece? É a música que tá saindo com minha identidade. Não eu, não a minha cara tendo valor para alguém. Eu vivo do meio mas não vivo no meio. E nunca foi uma coisa de estar nele, indo pra cima e pra baixo. Eu tô meio assustado! De repente, eu estou comendo algo e *plof* tiram foto e aparece num lugar qualquer, sabe? Nunca fui isso aí, Yuri. Nunca foi pra mim não.

Você é discreto mesmo.

Segundo ato: Jorge Aragão analisa Jorge Aragão

Sempre achei que a minha música falasse meus sentimentos. Ela fala as minhas vontades. Ela fala o que eu entendo do meu entorno, sobre sentimentos, sobre o amor também. Eu percebo a música na rua, ela vai tomando outras conotações. A pessoa pode cantar como se estivesse triste ou alegre! Tem essa dubiedade.  Isso é bacana de ficar reparando. “Caramba, eu não fiz essa música nesse sentido aí”. Se você perceber, eu nunca fiz nada explícito. Sempre gostei das entrelinhas, subjetivo, sabe? Eu nunca gostei daquele negócio de


“OS NOSSOS CORPOS NA PRAIA, NA CAMA, ROLANDO…” [ele canta como se inventando um pagode ‘literal’ sobre amor]


Eu queria falar de outra forma. Mas é coisa minha. É como se eu estivesse contando uma história para mim mesmo. Acho que é isso.

E é justamente o que, talvez, mova essa obra jorgearaganiana gerações adiante. Ela vai ganhando corpo de interpretações com o passar do tempo. 

É… E, pra mim mesmo, cai a ficha ao ver as pessoas cantarem. “Meu Deus do céu, como eu escrevi isso e não lembro!”. Eu tenho uma memória fraquíssima, braba mesmo. Eu não consigo sacar porque eu escrevi aquilo. E eu me pego, de vez em quando, gostando daquilo que eu escrevi porque estou sentido algo agora que eu não sentia quando escrevi a letra… Ai, ai.

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Terceiro ato: “Estragaram a minha música”

Aproveitando esse gancho…

Sei.

Me chama muita atenção a instituição que “Já É” tornou-se no insconsciente do pagodeiro. Ela é a mais recente, ali dos 2000, dos hits que geralmente tocam do senhor nas rodas.

Sim.

Eu queria te perguntar duas coisas sobre “Já É”. Quando você compôs ela com o Flávio Cardoso. Você estava pensando na expressão “já é” que naquela época surgia forte na pista. Como que nasceu o uso da expressão na letra? É uma canção que qualquer vestibular vai usar para explicar a filosofia desta locução interjetiva carioca. 

[Jorge gargalha como se sua voz quicasse] 

Explica aí, pô, como foi isso.

[Jorge gargalha mais ainda] Rapaz, tu tá se metendo muito na minha vida! Deixa eu te contar um negócio, a verdade mesmo. É… Eu nunca curti, assim, as gírias. Eu nunca. Se você perceber, essa música [Jorge recita velozmente as estrofes de “Já É”, sem declamar, apenas lembrando]. Eu tô contando a narrativa de uma pessoa que tá amando ou que foi abandonada. Eu gosto dos dois lados. Então, são duas músicas  com o Flávio Cardoso que a culpa daquela palavra não é minha!

Ahmmmmmmmm.


“Já é” quem colocou essa palavra foi o Flávio. E as duas eu briguei com ele!


Essa e “aí foi que o barraco desabou”. 

[o repórter gargalha copiosamente] Como é que pode, Jorge! Você achou muito popular? Muito “rua”?

[ele gargalha do outro lado da linha] Pois é. A história não tem nada a ver com a gíria! Essa “o barraco desabou”, olha só, vou recitar natualmente [Jorge, agora, recita “Eu e Você Sempre”]. Tudo isso eu fui fazendo cantando uma melodia e a história inteira. Um samba natural. Aí vem a BOMBA DA DISCÓRDIA. Acho que era o Bira [Haway, produtor; também pai de Anderson Leonardo] que tava procurando uma música para o Exaltasamba. Ou o Revelação, não sei agora.

Exalta.

É. E aí, meu amigo, ele trabalhava comigo na banda. Então, o tempo todo, ele fica “vamos fazer uma música, vamos fazer uma”. E eu tô sempre escrevendo, cantarolando alguma coisa. Eu vou compondo devagarinho. E essa é uma delas que ele pegou —mas tava sem terminar. Entendeu? Como é o final da música?

Sem pensar no que aconteceu…

Isso! Nada nada é meu, nem o pensamento. Pô, eu tô falando sério, Yuri. Não tô banalizando a música, não. 

Aí como o Flávio pegou e tavam na agonia de querer gravar, ele vai e me bota esse negócio. “Aí foi que o barraco desabou…”.


Rapaz, foi uma esculhambação! Porque eu briguei e foi muito!


[o repórter tem uma hecatombe em risada] 

Briguei muito, briguei muito.

O que você falou com ele???

“Para com isso! Não tá vendo que a letra não tem nada a ver com isso!? A letra doída e você vem com ‘o barraco desabou’?”. Essa foi uma delas. A outra foi “Já é”. Agora que eu tô falando você vai reparar. E teve aquela da “Globeleza” com o falecido… É…

Franco Lattari.

Franco, Franco. Isso. Meu amigo, eu não queria fazer essa música de jeito algum, rapá! “Franco, pelo amor de Deus, pára com isso, cumpadi. Uma empresa grande dessa vai mandar a gente fazer uma música que se chama “Globeleza”!? Uma palavra que é “Globo” + “beleza”!?” Não quis, Yuri. Não quis. Madruga, a gente brigando. Aí ele: “Ô, parceiro, pelo amor de Deus, vai entrar um dinheirinho, por favor”. Eu não queria de jeito nenhum [Jorge ri, como que entendendo os caminhos misteriosos de uma canção]. 

Jorge Aragão Chorando Estrelas º

Tu ficou inseguro, é, Jorge?

Não era nem insegurança, não queria de jeito nenhum! Então essa eu não gostava do nome. As outra eu estava compondo e o Flávio completou. Eu nunca ia imaginar que essas canções iam ser o que são hoje. E já tinha uma música chamada “Já É”. Não sei de quem, rapaz… [ele se lamenta por não lembrar]

Do Lulu! Eu adoro essa.

Do Lulu!!! Isso, isso!

Também pra mim uma música que destrincha essa expressão! 

[Jorge gargalha] É isso! Eu nunca ia lembrar que era o Lulu Santos!

E, Jorge, vou te falar uma coisa como ouvinte. Você, o compositor; eu, ouvinte. 

[Gargalha] 

O Lulu tá lá falando sobre memória, deja-vu. E a sua “Já É” vai pra outra possibilidade desse termo, a coisa da expressão como algo que o carioca usa como confirmação. “Lá, onde você estará, pra mim, será sempre o meu lugar”. Eu acho, de coração, muito interessante também que você deixou essas canções irem pra frente —mesmo não concordando. Pra finalizar essa história, como o Flávio te convenceu?

Não houve nem convencimento! Ele fez, mandou e gravou-se a música. 

E você lá com vergonha: “estragaram minha música!”

Na minha cabeça sempre foi assim! Eu ainda sinto uma pontinha de… Quando canto “Aí que o barraco desabou”. É meio gozado. Mas o contraditório se parece comigo. E o universo conspira! E pior —pior ou melhor, não sei! Ainda por cima ela foi longeva, tocando por aí. Sei que são músicas que eu sou obrigado a cantar. Ao invés de cantar um “Logo Agora”, que era meu forte, canções que o Emílio, Alcione gravaram… Parece que eu não posso mais colocar essas músicas no repertório porque as pessoas vão pedir “Já É”.  Mas, meu filho, eu não vou saber te responder isso nunca! Não nessa vida!

Nada, você me respondeu muito. Aliás, eu espero que um dia eu possa ver você cantando as canções que o Emílio gravou suas. “Logo Agora”, “Leva e Traz”, “Pela Metade”… Eu quero muito ver isso um dia. Se um dia você achar que não tem ninguém esperando isso, lembra daquele repórter da Billboard… Eu estarei lá.

Ah é? [Gargalha amável] Que bom, meu filho, que bom.

Ato final: Jorge Aragão, o que é a vida?

É fácil sacar quando o Emílio canta as suas. Você ouve o disco e tem uma ou outra que você fala “uai, é do Jorge isso?”. Aí tu vai nos créditos e tá lá “Jorge Aragão”. É óbvio, é óbvio que era sua.

Jorge Aragão faz uma grande apresentação em Goiânia no próximo dia 13 de maio - Revista Tempo Digital

[Ele, sim, gargalha] É, meu amigo, é algum presente de Deus. Eu convivi muito com essa minha música, mesmo. Não era isso que nós ouvíamos na minha geração. Praticamente, tudo era só americano. Não tinha acesso à bossa nova. E eu me lembro do meu pai apaixonado por Elizeth Cardoso e, um dia, me peguei cantando naquelas rodas do Cacique de Ramos… E como tava muita gente indo pro bloco, estava indo também Elizeth. E eu lembro muito do meu pai. E, de repente, ela gravou uma minha também. E eu queria falar isso aqui, sabe? Esse é meu medalhão. Meu pai sempre apaixonado por ela e eu consegui gravar uma música com ela. Mas aí, ele não tava mais aí pra ouvir.

Mas ele recebeu.

Ah, Certeza, meu filho! Isso são meus guardados. Muita coisa. Eu não fui aprendendo com as pessoas. Eu ia fazendo algo que eu estava sentindo. Era isso. Eu tenho uma música que, bem antes de “Tapedeck”, já misturava isso tudo que as pessoas chamam de rap, trap. Eu pedia ao maestro Julinho Teixeira para fazer uns solos doidos, depois entrava levada de bateria de escola de samba… Era um negócio que fazia “booom” que nem a música deles. Eu já pedia isso. Vou te mostrar depois. Não lembro qual é.

Ô, Jorge, para te liberar, sei que você quer almoçar…

Eu tô comendo biscoito!

Ah, sim, menos mal. A partir de agora, o que é a vida pra você? Como você está encarando o fato de ter 75 anos, olhar as coisas dessa perspectiva? 

Eu tô aproveitando… cada… momento. Não é no sentido figurado, não. Sabe aquelas frases de zap que são assim: “que bom que você acordou e o sol nasceu” e tal? Depois de 28 stent no coração, depois de passar por essa pandemia, ter Covid e sair do hospital. Ter um câncer com um ano de quimioterapia… Estar vivendo o que estou vivendo: não tem parâmetro. Eu adoro olhar e ver as pessoas cantando a minha música porque, mesmo sendo uma coisa muito do meu íntimo, isso tudo tomou conta das pessoas. E pra te ser sincero, eu estou meio que impactado. Eu nunca fui muito pra rua. É muito legal ver. Mas é muito gozado como é que as pessoas olham diferente porque você é um rosto conhecido.

Minha fisionomia está sendo chancelada. Não sei porquê! Eu sempre andei pra Padre Miguel, morei na Barra, ia na Zona Sul e não era assim. Agora todo mundo fala comigo, sabe?

Eu ligo pro Zeca e digo “Zeca! Vai tirar foto com todo mundo! Se não faz com você, aí vai querer fazer comigo. Zeca, você que é culpado, Zeca! Eu boto a culpa nele… É muito bom. Coisas que eu nunca nem pensei, sonhei com isso.

No mesmo ano que tocava “Logo Agora”, tocava “Vou Festejar”, com a Beth. Extremos os lados. Um cantando muito romântico, tranquilinho. E a Beth daquele jeito. Essas coisas, quando acontecem comigo, começam a mostrar e delinear quem realmente eu sou.

Eu canto samba, vivo samba, respiro samba. Mas eu não venho do berço do samba. Eu fui guitarrista de banda de baile. Eu quero canta samba, mas também quero uma bachiana [conjunto de peças de Heitor Villa-Lobos]. Eu quero cantar “Can’t Take My Eyes Of You”. Queria escrever uma versão dela, do jeito como eu cantava no começo. Eu vou navegando, só.


Bônus track: “Can’t Take My Eyes Of You” rubro-negro


JORGE! A torcida do Flamengo canta essa. Já percebeu???

É!? [gargalha]

Nunca viu não???

N…N… Não!

“Vamos, Flamengo! Vamos ser campeão” / “I love you baby! Can’t take my eyes of you”

Rapaz! Rapaz!

É, Jorge!!! É, Jorge!!!

É essa música mesmo, meu filho!?

É! [o repórter berra mais uma vez as duas letras nas mesmas melodias]

[Jorge solta um estampido de risada] Tá vendo, meu filho, como é bom fazer entrevista?

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