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Gaga Gothic: cover de Lady Gaga avalia importância do trabalho para os fãs

Gaga Gothic: cover de Lady Gaga avalia importância do trabalho para os fãs

Curitibana conta os dias para assistir ao show da cantora no Rio

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Luna Elyas, a Gaga Gothic

Falta uma semana para o aguardado show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no Rio. A cantora se apresenta no sábado, 3 de maio, para um público estimado de 1,6 milhão de pessoas.

Quem está contando os dias para o show é Luna Elyas, cover queridinhas da cantora – conhecida como Gaga Gothic. A paixão pela artista começou na adolescência, em 2008, quando ouviu “Just Dance” pela primeira vez.

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“Eu tinha contato com a subcultura gótica e punk desde muito nova. Isso gerou muito bullying na escola. Eu sou uma pessoa padrão, mas fugia dos padrões estéticos. Eu sempre era a ‘esquisita'”, conta Luna para a Billboard Brasil.

“Até sofri bullying dos professores, eles falavam que eu me atrasava para ‘colocar maquiagem de palhaço’. Quando a Gaga apareceu, foi muito lindo. Ela conseguiu levar para o mainstream tudo aquilo que tiravam sarro e menosprezavam em mim.”

“Lembro que na época as divas do pop começaram a ficar mais irreverentes devido à Gaga. Ela me fez amar tudo o que uma vez eu odiava em mim”, diz.

Luna Elyas, a Gaga Gothic
Luna Elyas, a Gaga Gothic (Divulgação)

Inspirada pela autenticidade de Lady Gaga, a curitibana começou a recriar as maquiagens da cantora e divulgar o resultado nas redes sociais.

“Conforme eu fui crescendo, fui ficando mais parecida com ela e descobri o que era ser cover. Na época, eu batia de balada em balada falando que queria subir no palco dançar. Quando minha mãe descobriu, ela passou a me acompanhar, porque eu era menor de idade e tinha um RG falso [risos]”, conta.

Luna se apresentava em festas, eventos de cosplay e se estabeleceu financeiramente com o trabalho como cover da cantora. O trabalho duro nas coreografias, figurinos e performances também trouxe visibilidade e interações com a própria Lady Gaga – que vira e mexe curte e comenta nas publicações da cover nas redes sociais.

“A primeira vez foi em 2017. Eu gritava, gritava e gritava. Eu liguei para a minha mãe e ela precisou voltar do trabalho porque eu estava passando mal de tanto chorar. Hoje, o desespero é um pouco menor [risos], mas é sempre algo inacreditável.”

O reconhecimento de outros fãs de Lady Gaga é uma parte importante do trabalho, como analisa Luna:

“É a minha parte favorita. Conheço pessoas que tiveram as vidas mudadas por ela da mesma forma que a minha. Pessoas que passaram por situações muito difíceis, principalmente da comunidade LGBTQIAP+. Já conheci pessoas que foram expulsas de casa por serem gays e tudo que tinham era a Gaga”.

“Nem todo mundo tem condições de ver um show da Lady Gaga, até mesmo sendo um show gratuito. Sabemos que o acesso não é para todos por conta do deslocamento. Recentemente, fechei um show no Amapá. De alguma forma, muitos fãs se sentem mais próximos desse sonho. Muita gente me abraça e chora, contando histórias como se eu fosse mesmo a Gaga. Isso é muito bonito.”

Luna ressalta a importância de fazer o tributo com muito respeito.

“Estou trabalhando com a imagem de alguém. Tento cuidar até das coisas que faço na vida pessoal, porque não quero desrespeitar a Gaga de forma alguma. Muitos acham que esse trabalho é errado, porque usamos a arte de outra pessoa. Mas se for feito com respeito e amor, está tudo certo.”

Luna Elyas, a Gaga Gothic
Luna Elyas, a Gaga Gothic (Divulgação)

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