fbpx
Você está lendo
Taylor Swift e o império The Eras Tour

Taylor Swift e o império The Eras Tour

A cantora encerra neste domingo (8) uma sequência de mais de 140 shows

Avatar de Bruna Calazans
Taylor Swift em show da The Eras

Taylor Swift encerra a The Eras Tour neste domingo (8), com um show em Vancouver, no Canadá. Para celebrar o momento e o sucesso da turnê, a 12º Billboard Brasil preparou uma reportagem especial, na mesma edição que conta com o ATEEZ na capa.

Quando Taylor Swift anunciou a sua sexta turnê, “The Eras Tour”, a cantora havia se comprometido com os fãs (e com ela mesma) em regravar os seis primeiros álbuns que havia lançado. A decisão tinha sido tomada depois de ela travar uma disputa pelos direitos de suas músicas com o empresário Scooter Braun, e o primeiro trabalho a ganhar uma uma “versão da Taylor” foi “Fearless”, originalmente lançado em 2008. Juntar tudo o que tinha feito até então em um único show, reunindo todas as suas eras e viajando o mundo, foi uma forma de mostrar que a obra era sua e de mais ninguém.

VEJA TAMBÉM
2023 12 25T195321Z 1192451863 MT1USATODAY22172999 RTRMADP 3 NFL LAS VEGAS RAIDERS AT KANSAS CITY CHIEFS

A primeira apresentação aconteceu em 18 de março de 2023, no State Farm Stadium, em Glendale, na Califórnia, com capacidade para 63.400 pessoas. O show de abertura ficou sob responsabilidade da banda Paramore. Dali em diante, muitos outros artistas foram escalados para abrir os palcos por onde Taylor passaria. Nomes como Phoebe Bridgers, Gracie Abrams, HAIM e Sabrina Carpenter cumpriram o papel. 

Taylor Swift
Taylor Swift em show da The Eras Tour (TAS Rights Management/Divulgação)

Ninguém sabia muito bem o que esperar. Quais eram as eras? Quais músicas? Quais coreografias? O que Taylor havia preparado? Não era a expectativa de “apenas” 63 mil pessoas, mas um mundo inteiro de swifties, curiosos com o que ela havia criado, procurando links de lives pirateadas, torcendo para o wi-fi de Glendale funcionar. 

+Leia mais: Oito coisas que podemos aprender com a ‘Eras Tour’, de Taylor Swift

Um relógio apareceu no telão, com uma contagem regressiva. O palco ostentava uma passarela enorme, formando uma espécie de diamante na ponta. Ela surgiu no meio de tecidos rosa, gigantescos, vestida com um body brilhante, cantando “It’s been a long time coming, but…”, trecho de “Miss Americana & The Heartbreak Prince”. A era inicial foi “Lover”, álbum de agosto de 2019 e o primeiro lançado por ela sem o selo da Big Time Machine, empresa de Scooter. 

Foram mais de três horas de show, com mudanças no palco, no figurino e no estilo das músicas a cada minuto. Ela passou, como prometido, por todos os discos de sua carreira. Mecânica que se repetiu no mundo todo onde a cantora se apresentou, transformando a turnê em fenômeno. “Taylor redefiniu completamente o conceito de sucesso para grandes turnês, estabelecendo um novo padrão de excelência com sua resistência, valor de produção e uso estratégico do palco para promover o seu negócio”, avalia Hannah Karp, diretora editorial da versão americana da Billboard. Ela esteve na “The Eras Tour” em 2023, em Nova Jersey, com as duas filhas. “Dançamos muito”, conta. 

A cantora não saía em turnê desde 2018, quando viajou o mundo para o lançamento do álbum “Reputation”, de 2017. Ela chegou a organizar uma sequência de shows para divulgar “Lover”, mas os planos foram alterados devido à pandemia de covid-19. Após cinco anos longe dos palcos, o anseio dos fãs em vê-la ao vivo era pulsante, mas talvez nada houvesse preparado Taylor para o que aconteceu quando ela decidiu fazer um mergulho em si mesma. Ao cantar músicas que já eram maiores de idade, fez com que o coração nostálgico de quem a conheceu lá atrás também se agitasse. 

O resultado foi o fortalecimento de uma grande e bastante diversa comunidade de fãs. “Foi um diferencial, com toda certeza. Taylor é uma rainha do marketing e já entendeu como se conectar com fãs de todas as idades”, argumenta Hannah.  

+Leia mais: Livro da ‘The Eras Tour’ de Taylor Swift vende 814 mil cópias em dois dias

A conexão do público com os detalhes do repertório dela resultou em um movimento que se espalhou pelo mundo inteiro: a troca de pulseiras da amizade. Os swifties passaram a comprar miçangas e fazer pulseirinhas artesanais, com nomes de músicas ou referências à carreira da artista. A inspiração veio da faixa “You’re on Your Own, Kid”, em que ela incentiva seus ouvintes a fazer as peças e aproveitar o momento. 

Para a jornalista da Billboard, essa fanbase multigeracional é um dos pontos fortes da carreira de Swift, ao passo em que ela cativa novos admiradores a cada lançamento, enquanto mantém os antigos por perto. 

Quando estava na estrada com a “The Eras”, ela lançou duas regravações, “Speak Now (Taylor’s Version)” e “1989 (Taylor’s Version)”, além do inédito “The Tortured Poets Department”. “Com toda certeza ela deve ter conquistado o coração dos pais que levaram seus filhos aos shows.” 

Durante a passagem de Taylor pelo Brasil, com seis shows em novembro de 2023 –três em São Paulo e três no Rio de Janeiro–, filas quilométricas se formaram, no Allianz Parque e no Engenhão, por fãs vindos de todo o país. Trocando pulseirinhas da amizade, vestindo roupas inspiradas nos álbuns e cantando antes da abertura dos portões, muitos permaneceram na fila por meses. O fã-clube brasileiro se movimentou para que uma homenagem a Swift fosse espelhada no Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo. “A gente tinha uma noção do tamanho da turnê, comparando com o que ela já tinha feito nos Estados Unidos. Sabíamos que haveria muita procura, mas superou as nossas expectativas”, diz Francesca Alterio, CEO da T4F, empresa que organizou a vinda dela ao país. 

Taylor já era gigante antes de cair na estrada com esse projeto e, para Hannah, vai ser difícil para outro cantor atingir seu patamar. “Dificilmente algum outro artista vai conseguir sustentar o mesmo frenesi, mas ela certamente elevou o nível. Talvez isso resulte em projetos mais inovadores e em uma competição saudável [entre outros artistas]”. 

Taylor surgiu no mercado ainda adolescente e amadureceu diante de uma multidão interessada em tudo o que ela faz. Ao decidir relembrar o começo de tudo, passear pelo meio e mostrar que ainda está longe do fim, ela se firmou como uma das maiores (e certamente mais queridas) artistas de sua geração. 

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.