Entrevista: Anberlin retorna ao Brasil após 10 anos para turnê ‘Emo Vive’
Baterista da banda, Nathan Young relembra momentos marcantes da carreira

O Anberlin, banda americana de rock alternativo formada em 2002, retorna ao Brasil após 10 anos. Os shows acontecem na turnê “Emo Vive”, organizada pelo Festival Polifonia.
O grupo passa por Porto Alegre nesta quarta-feira (4), Rio de Janeiro (6 de junho) e São Paulo (7 e 8 de junho) – os ingressos estão à venda.
Em conversa com a Billboard Brasil, Nathan Young, baterista do Anberlin, celebrou a vinda ao país.
“Sério, não consigo acreditar que já se passaram 10 anos. Não parece tanto tempo”, diz o musicista. “A primeira vez que estivemos no Brasil foi como um sonho.”
“Era surpreendente poder ir para qualquer lugar que fosse fora da Flórida, quanto mais fora dos Estados Unidos. Ir ao Brasil e ter pessoas nos acolhendo de verdade, sabendo as letras… Essas coisas nunca ficam velhas. É incrível ver tanta gente que realmente se importam e se animam com nossa visita. Estamos muito animados!”.
Para a turnê, eles apresentam o álbum “Never Take Friendship Personal” (2005) na íntegra.
O disco foi aclamado pela crítica e pelo público na época de lançamento. O projeto alcançou o 144º lugar na Billboard 200.
“No primeiro álbum, os fãs estão te conhecendo. Então vem muita pressão com o segundo. É algo que acontece naturalmente”, explica Nathan, ao relembrar a criação de “Never Take Friendship Personal”.
“Para nós, foi um momento de realmente decidir qual o som que o Anberlin teria. O segundo álbum meio que te solidifica na história, em relação ao estilo e abordagem. Lembro que teve um estresse geral, potencialmente autoinduzido, para nós garantirmos que fosse um bom trabalho. Queríamos que fosse o melhor possível”.
Nathan entrou na banda ainda na adolescência. Ele fazia as lições de casa e provas entre ensaios e shows.
“Foi único ter que estudar na estrada. Tinha que enviar os trabalhos para casa. A internet não era tão boa na época, então eu tinha que ter um computador junto. Isso meio que salvou quem eu era e minha juventude”, relembra.
“Comecei a tocar bateria com uns 11 anos. Todos os meus amigos perceberam o quão sério eu era com a música. Mas acho que ninguém, nem minha família, pensou que eu seria capaz de fazer isso da minha vida”, explica Nathan.
“Pensaram que eu tocaria em algumas bandas aqui e ali. No começo foi estranho. Eu e meus amigos crescemos juntos e fazíamos coisas normais. Então eu falava: ‘Terminei o ensino médio em turnê, gravei um disco’. Foi muito divertido. Todos sabiam que esse era o meu sonho.”