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Criador de bloco acusado de ‘apropriação’ do dia de São Jorge, no RJ, se defende

Criador de bloco acusado de ‘apropriação’ do dia de São Jorge, no RJ, se defende

Ele é morador de Quintino e foi recriminado por querer fazer cortejo no bairro

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A crise comportamental que divide os foliões cariocas atingiu um novo ápice neste feriado que, no Rio de Janeiro, engloba a Páscoa mas também o 23 de abril em que se comemora o dia de São Jorge. A festa sofreu mudanças com a morte do Papa Francisco, mas também protagonizou uma discussão após a promessa de que um bloco iria chegar, em forma de cortejo, à festa do cavaleiro do cavalo imaculado, em Quintino, bairro da Zona Norte carioca.

O palco seria o entorno da Igreja Matriz de São Jorge. Por lá, devotos do santo se encontrariam e a ideia, a princípio, não pareceu proibida a outras pessoas —mesmo que essas sejam carnavalescas e estejam vindo de uma festa anterior à ecumenicidade. Nas redes, no entanto, o tal do bloco virou inimigo.

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Nesta terça (22), o pesquisador Victor Belart resolveu ouvir o criador do bloco. De nome Jorge —e morador de Quintino—, ele diz que queria se reunir com amigos e vizinhos para celebrar a data, em um bar cujos donos são conhecidos e simpáticos à folia, criando um cortejo que andasse uma rua do bairro.

“Ia ser uma rua só em um cortejo de meia a uma hora. No final, íamos sentar em um bar que fica na esquina onde fica a festa”, explica o criador da ideia.

Belart reforça, por meio de seu perfil Cidade Pirata, a diferença entre cortejo e bloco —além de dar voz a uma polêmica que escalonou nas redes sociais sem que o principal atacado tivesse voz. “Ontem, recebi DM de um rapaz falando comigo e conheci a história do Jorge, que é de Quintino e tinha tido uma ideia de festa com seus vizinhos. Fiz esse vídeo pois ouvi a história dele e acho que na internet e na vida temos que ter compromisso com ouvir as pessoas para além da polêmica e da vontade de ganhar likes”, alertou na descrição do post em que salienta que cortejos semelhantes já haviam sido feitos por outros grupos. “O que será, então, que fez a ideia de fazer um cortejo perto da casa dele ter ficado tão polêmica?”, indaga.

“Ia ser um bagulho para se divertir, ia ter criança junto, gente mais idosa. Ia ter os músicos do Canela Fina, um bloco que acontece aqui em Quintino. Ia ser uma parada pro bairro. Os músicos já estavam cientes que não era para ir com roupa de carnaval, com bunda de fora…”, explica Jorge.

No final, a morte do Papa Francisco acabou ditando o cancelamento da ideia —o pedido foi do padre da Matriz de São Jorge, que está de luto.

 

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