Terceira mulher a ganhar o Grammy de melhor álbum de rap, falou sobre uma de suas maiores inspirações em um evento recente: “Como criança que se identificava como artista, como queer, como uma little monster, a Lady Gaga não era só uma popstar, ela era uma tábua de salvação”.

Outro exemplo da influência de Gaga é o cantor Sam Smith, que disse que Gaga e sua obra foram incentivo para que se assumisse como não binário. Já Chappell Roan, responsável pelo sucesso “Hot To Go!”, bebeu em Gaga para criar seu estilo teatral e de forte impacto visual (ela também gravou uma versão de “Bad Romance”).

Gaga abriu caminhos que ajudaram novos artistas a se posicionarem diante de um mundo frequentemente hostil. Mas a cantora, seu discurso e sua imagem serviram e servem de farol também para milhões de anônimos, os chamados little monsters.

A cantora sabe reconhecer o quanto o apoio do fandom é importante. Conhecida por ser atenciosa, Gaga tira tempo para conversar e tirar fotos quando encontra fãs na rua. Nos shows, estabeleceu o costume de ler cartas enviadas por eles com mensagens emocionadas.
“Você me ajudou a enfrentar o fato de que minha família nunca me amou pelo que eu sou”, escreveu certa vez uma fã que teve sua mensagem lida no palco de um show da cantora nos Estados Unidos.
Em outro show, em Amsterdã, ela leu a carta de um fã que tinha vindo da Eslováquia para a apresentação. “Só queria dizer que você salvou minha vida tantas vezes”, escreveu o fã chamado Marcel. “Eu sinto alegria pois não sou apenas um fã para ela, mas também uma pessoa com um nome e uma história.”
A relação que Gaga conseguiu criar com seus fãs vai além da admiração, baseando-se também em identificação. A artista é um modelo para os diferentes, os esquisitos, aqueles que têm dificuldade em se encaixar. Rapidamente, construiu uma base muito dedicada de fãs.
“Eu tinha 13 anos quando Britney tornou-se uma estrela”, disse Gaga certa vez. “Fiquei impressionada com o nível de superfã que a Britney criou. Quis trazer de volta o sentimento que eu costumava sentir”.
Em uma edição especial do álbum “The Fame Monster”, Gaga incluiu o “Manifesto of Little Monsters”, um texto em que exalta seus seguidores. “A verdade sobre os fãs de Lady Gaga reside nesse sentimento: Eles são os reis. Eles são as rainhas. Eles escrevem a história do reino, enquanto eu sou uma espécie de boba da corte devota.”