Como B.I abraçou vulnerabilidade nas letras em retorno à música
Rapper sul-coreano, de 27 anos, conversou com a Billboard Brasil sobre carreira


Kim Hanbin, mais conhecido como B.I, é uma das referências do hip hop sul-coreano nos quesitos composição e fluídez nas letras. Aos 27 anos, ele é dono de hits como “BTBT”, que tem mais de 77 milhões de visualizações e viralizou no TikTok no último ano ao redor do mundo.
“Honestamente, isso me pegou de surpresa. Meu desejo inicial era simplesmente que um público mais amplo [me] ouvisse pelo menos uma vez”, diz o rapper para a Billboard Brasil.
“Entendi que o sucesso quando testemunhei em vi em primeira mão [a reação do público] durante uma apresentação em um festival em Paris no início deste ano. Refletir sobre esses momentos ainda me causa arrepios na espinha.”
Em junho, B.I lançou o álbum “TO DIE FOR”, com parcerias com Big Naughty, Jessi, entre outros. O projeto traz batidas mais fortes, mostra o flow de suas rimas e explora, além do rap, gêneros como música eletrônica e pop rock. Já no EP “Love or Loved Pt. 2”, lançado em novembro, ele focou nas baladas e trouxe canções mais leves.
Ao falar sobre suas composições, ele concorda em defini-las como parte de um processo bastante pessoal.
“Para escrever boas letras para uma música, acredito que você deve abraçar a honestidade e a vulnerabilidade. É o único caminho para alcançar um fluxo contínuo nas letras como um todo.”
B.I começou a carreira ainda na adolescência, aos 14 anos. Entre 2015 e 2019, ele foi o líder do iKON e deixou o grupo de kpop após enfrentar acusações de uso de drogas.

Antes de ressurgir como artista solo, em 2021, o rapper passou por um período turbulento e acreditou que não conseguiria voltar para a vida nos palcos. “Dou mais crédito aos meus fãs do que à música. É por causa deles que voltei à música”, diz.
Questionado sobre se arrepender de começar a carreira tão jovem, B.I nega. “Tomei minha decisão com plena compreensão das demandas dessa profissão, por isso acredito que é melhor não me arrepender do passado”, explica.
“Kim Hanbin é a verdadeira essência de quem eu sou. Meus fãs entendem que sou apenas um cara comum. B.I ganha vida no palco, entendido pelos fãs como uma presença impecável e espetacular. Porém, a dedicação que trago no meu trabalho segue consistente e não percebo muita diferença entre as duas personas.”
Seu retorno foi muito bem-sucedido e desejado pelo público. E em 2024, B.I planeja seguir com os planos de conhecer fãs de outros países. “O Brasil também é um país na minha lista de desejos, então vamos ficar atentos a essa possibilidade.”
“Ouvi dizer que vocês têm uma paixão genuína pela música e pela dança, então seria incrível para eu me apresentar no Brasil quando surgir a oportunidade.”
