“Tudo o que já fiz na minha vida é insignificante em comparação com ser mãe”, afirmou Madonna em seu show da “The Celebration Tour” em Tampa, a Florida, no dia 4 de abril. A Rainha do pop traz dois de seus filhos, Mercy James e David Banda, como figuras obrigatórias na turnê –que se encerra neste sábado (4) na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro – passando sua excelência para seus herdeiros com o seu legado. Mas ela não é a única a fazer isso. O ano era 2000, e a roteirista Fernanda Young (1970-2019), decidiu eternizar o nome de sua maior “ídola” ao batizar uma de suas filhas: Cecilia Madonna, que tem Estela May como irmã gêmea.
“Madonna foi a mulher mais importante do século passado e, se brincar, vai ser desse século também (…) Eu me sinto extremamente orgulhosa por ser cria dela, minha filha se chama Cecilia Madonna. Eu rezo para ela e pela família dela todo dia”, afirmou Fernanda no programa “Saia Justa”, do GNT, que apresentava ao lado de Rita Lee, Marisa Orth e Monica Waldvogel. Na última quarta-feira (1), vídeos como esse viralizaram nas redes sociais. O motivo? Se viva, Fernanda estaria completando 55 anos na data.
Para homenagear a mãe, Cecilia, hoje com 23 anos, iniciou uma campanha na rede social anteriormente conhecida como Twitter, buscando uma oportunidade para assistir ao show da cantora no Rio de perto. Depois de dias, o convite do Itaú, banco patrocinador do show, finalmente veio –justamente na data do aniversário da mãe.
“Foi muito especial. Quando consegui e disse para minha irmã, ela respondeu ‘Você sabe quem foi, né?’. Parece que foi um presente da minha mãe e para minha mãe ao mesmo tempo”, afirma a escritora em entrevista à Billboard Brasil.
oi @itau me dá um vip pro show da Madonna por favor tá no meu nome pic.twitter.com/hDQHIto56G
— cecilia (@bebenepotismo) April 26, 2024
“Na minha memória, a Madonna sempre foi Madonna. Minha mãe estava sempre falando dela e tocando músicas dela, era como uma tia distante [risos]. Além disso, me lembro de ser muito pequena e meu pai me mostrar todo tipo de clipe musical, e obviamente Madonna estava incluída. Então era uma mistura da música dela com o aprendizado de como ela era uma mulher forte e importante para a minha mãe”, relembra a escritora sobre sua infância.
Autora do recém-lançado “Tudo o que Posso te Contar” (Record), Cecilia afirma nunca ter sofrido bullying por ter o nome da cantora em sua certidão de nascimento mas, por ser muito tímida, morria de vergonha do nome “excêntrico” no começo. No entanto, não conseguiu escapar de seus professores.
“Não me lembro um professor que não tenha falado de Madonna quando via o meu nome. Mas o que foi mais além foi o meu professor de química do Ensino Médio, que só me chamava por ‘Madonna'”, conta.
TV na esteira para ver Madonna
“Lembro de ver [minha mãe] escutar e ver Madonna toda vez que precisava ‘pegar emprestada’ essa força. Me lembro que ela só conseguia correr vendo clipes da Madonna, e chegou a instalar uma esteira lá em casa na frente da televisão para fazer isso”, diverte-se.
Entre todos os itens que a mãe tinha da cantora, um era, aos olhos de Cecilia, algo sagrado: um autógrafo da cantora que seu pai, Alexandre, havia conseguido para a amada. “Eu ficava chocada que ela tinha realmente tocado naquilo [risos]. Está vendo como a Madonna era meio que uma força divina lá em casa?”
Com o Rio de Janeiro respirando a cantora, Cecilia revela já estar nervosa para ver a apresentação de perto, ainda mais com o significado que ela carrega em sua vida.
“A parte que mais estou ansiosa é ver a Madonna de perto e sentir minha mãe presente”, conta. “Ela sempre quis me levar num show da Madonna e sei que isso vai bater muito na hora. Isso me assusta, e me emociona ao mesmo tempo.”
