Caseiros, Henrique e Juliano contam com ajuda para cantar sobre a vida de balada
A dupla é destaque na oitava edição da Billboard Brasil
Nascidos em Palmeirópolis, uma cidadezinha de pouco mais de 7.000 habitantes bem na divisa do Tocantins com Goiás, os irmãos Henrique e Juliano Reis cresceram com a influência do sertanejo, claro –ali, era praticamente impossível fugir do gênero mais consumido no país. Apaixonaram-se pela música de João Paulo e Daniel.
Desde cedo, cantavam não só em rodinhas de amigos, mas também se apresentavam em rádios e festas da região. Foi em 2012 que assinaram seu primeiro contrato profissional, com a Workshow, casa de grandes nomes, como Zé Neto e Cristiano, Maiara e Maraisa e Marília Mendonça (1995-2021), de quem ficaram muito próximos. No mesmo ano, lançaram o primeiro trabalho, que leva o nome da dupla, mas a grande virada de chave da carreira viria dois anos depois, com o álbum “Ao Vivo em Palmas”. Depois de se juntarem com João Neto e Frederico e Os Hawaianos, dominaram as rádios de todo o país, já demonstrando a versatilidade que iria acompanhá-los a partir de então.
Doze anos depois, seguem sendo uma das duplas sertanejas mais consumidas em todo o território nacional e são destaque constante no Billboard Brasil Hot 100, em especial com o projeto “To Be”, lançado em julho de 2023. No fechamento desta edição, eles ocupavam cinco posições nos charts. “Esse é o desejo maior daquele que sonha viver da música. Fazer com que ela chegue ao ouvido das pessoas e, depois de chegar, continuar falando a mesma língua que elas”, celebra Henrique em entrevista à Billboard Brasil.
Em “Quase Algo”, faixa que acampou no Hot 100 por 33 semanas consecutivas, Henrique e Juliano cantam sobre um amor que não aconteceu por um fio, e a bebedeira foi o consolo que restou para lidar com o coração partido. Esse e outros temas, característicos do sertanejo universitário que os consagrou, hoje são frutos da boa relação da dupla com seus compositores.
Henrique é pai de Helena, de 5 anos, e de Miguel, de 3, mesmas idades de Maria Antônia e Maria Clara, filhas de Juliano. Numa fase mais família, confessam que não estão mais tão presentes nos rolês e nas festas que eles tanto cantam, mas fazem questão de continuar a conversa com quem os acompanha há anos. “Quando a coisa dá certo, a vida pode até mudar, as pessoas não conseguem mais ir nos mesmos lugares. O importante é continuar falando a mesma língua do povo.”