O lançamento de “Funk Generation”, apesar de marcado por controvérsias como o impedimento da entrada de um repórter da Folha de S. Paulo na coletiva, repercutiu bem aos ouvidos de Umberto Tavares, responsável por hits do funk pop como “O Baile Todo”, do Bonde do Tigrão, e “Bang”, da própria Anitta.
Ao analisar o novo momento da discografia da cantora, o produtor colocou “Funk Generation” como um passo natural de um ritmo que buscou o pop desde o funk melody de Claudinho e Buchehca e que, agora, entende-se como um possível hit internacional. “É uma tacada de mestre. O J Balvin e o Maluma, por exemplo, levaram o som da América Centra pro mundo. E a gente, como uma “ilha que fala português”, perde muito essa oportunidade. Só que a nossa música pop é o funk. A Anitta tem muita propriedade para fazer isso e se aproveitar da vantagem do funk que é ser extremamente dançante”, refletiu.
O produtor também contou que não se sente frustrado por não ter sido convidado para participar dos momentos mais funk e internacionais da cantora. “Pelo contrário. Não há frustração. Depois de ‘Bang’, trabalhei em muitas oportunidades com ela”, disse citando “Um Por Cento”, parceria com o grupo Menos É Mais que se aproveita de “Un X100TO”, de Bad Bunny.
Ele também relembrou como foi o processo que levou “Bang” a ser incluída no terceiro álbum de Anitta e, por fim, torna-se a faixa título do registro. “A gente já havia terminado o disco, mas eu tinha muita vontade de gravar algo com saxofone. Haviam muitas músicas com esse formato, como as do grupo Fifth Harmony. Mas como o disco já havia sido terminado, pensei em deixar para o próximo”, conta. “Mas aí, ela me liga e diz ‘Umberto, estou achando que falta algo no álbum, alguma coisa com saxofone'”, se diverte contando a coincidência.
A canção acabou tornando-se um momento de virada no início da carreira da cria de Honório Gurgel, momentos antes de Anitta focar no reggaeton e no funk como bandeiras principais.
“Mais do que o reggaeton, o funk soa como novidade lá fora. Não é algo que a gente possa dizer que as pessoas reconhecem no dia-a-dia. E a Anitta vem disso, são as raízes dela. E, de quebra, leva o Brasil e a fanbase dela junto nesse pacote. É a melhor estratégia de uma artista pop no momento”, finalizou.
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