Arrecadação de direitos musicais cresce 7,6% e gera R$ 72 bi em 2023
Relatório mostra salto de 23,5% nas receitas no Brasil
A arrecadação de direitos autorais musicais cresceu 7,6% no mundo em 2023, somando quase R$ 72 bilhões pelo câmbio atual.
O dado está no mais recente “Relatório de Arrecadação Global” divulgado nesta quinta-feira (24), em Paris, pela Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac).
O Brasil teve um crescimento de 23,5% na arrecadação musical em euros e se mantém na 12ª posição entre os principais mercados mundiais de música.
Globalmente, o digital continua a se consolidar como principal fonte de receitas da indústria musical, com um salto de 9,6% em um ano e € 4,53 bilhões (R$ 27,82 bilhões) em arrecadação de direitos de execução pública.
Este segmento, que abarca o streaming de áudio e de vídeo, foi o responsável por nada menos que 87,2% do crescimento da arrecadação de direitos autorais musicais desde 2019
Somando-se todos os repertórios que a Cisac mede (além da música, inclui-se o audiovisual, literatura, arte dramática e artes visuais), a América Latina liderou com folga o crescimento no ano passado: alta de 29,2% na arrecadação, bem acima das expansões de Europa (+8,1%), Estados Unidos & Canadá (+7,2%), África (+3,2%) e Ásia-Pacífico (-0,8%).
O total arrecadado entre todos os repertórios em 2023 foi de € 13,09 bilhões (R$ 80,54 bilhões).
O Brasil, com uma alta expressiva na arrecadação, ficou em 12º lugar entre os maiores mercados de direitos autorais musicais, líder na América Latina, com € 224 milhões (R$ 1,375 bilhão, pelo câmbio de hoje) gerados.
Já quando são somados audiovisual, dramático, literário e artes visuais — todos eles, segmentos sem um verdadeiro sistema de gestão coletiva por aqui —, o Brasil perdeu a liderança regional para o México, onde foram gerados € 226 milhões (R$ 1,387 bilhão).
Entre os muitos destaques positivos mundialmente, a música experimentou crescimentos nos seguintes segmentos de arrecadação de direitos autorais:
- Digital: +9,6%, com € 4,53 bilhões arrecadados;
- Ao vivo e música de fundo (usuários gerais): +21,8%, com € 3,063 bilhões arrecadados;
- Sincronização: +44,4%, com € 52 milhões gerados;
- Mídias físicas (CD, DVD): +6%, com € 380 milhões gerados.