ALL(H)OURS dá detalhes de mini-álbum, ‘SMOKE POINT’
Influenciado por ritmos dos anos 1990, o projeto apresenta nova face do grupo


No início do mês, o grupo sul-coreano ALL(H)OURS lançou o terceiro mini-álbum da carreira, “Smoke Point”.
A obra se difere dos dois lançamentos anteriores do septeto — formado por Kunho, Youmin, Xayden, Minje, Masami, Hyunbin e ON:N — ao encontrar sua maior fonte de inspiração em ritmos característicos do cenário musical dos anos 1990, como hip hop, R&B e house.
Além das influências mencionadas acima, o álbum de k-pop também conta com um interessante toque de música clássica, ao inserir o tema instrumental da célebre “Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op.67” de Beethoven em uma de suas canções, “King & Queens”.
Composto por apenas cinco músicas, o mini-álbum “Smoke Point” triunfa ao apresentar uma estrutura coesa, que guia o ouvinte por uma jornada rápida, porém impactante.
Tal jornada possui início, meio e fim bem delimitados, com a faixa inicial servindo como uma introdução amplamente influenciada por ritmos urbanos noventistas, enquanto a última canção do álbum apresenta características mais modernas e similares ao que se encontra no cenário atual do k-pop, abrindo espaço para uma maior liberdade criativa nas faixas restantes.
Em entrevista exclusiva à Billboard Brasil, os integrantes do ALL(H)OURS contaram um pouco sobre o seu processo criativo e dividiram curiosidades relacionadas ao novo álbum, além de indicarem que surpresas podem estar vindo por aí.
Confira abaixo a entrevista completa.
Billboard Brasil: Sendo esse o seu terceiro mini-álbum, de que formas vocês acham que o processo criativo melhorou em relação aos dois últimos?
XAYDEN: Definitivamente progredimos na nossa performance. Antes, tentávamos apenas chegar ao fim da coreografia. Com o nosso progresso, tentamos fazer com que a nossa performance seja completa e integrada, enquanto equipe. Nesse álbum, nosso objetivo foi preencher os espaços da melhor forma possível e assegurar que nossa performance esteja profissional.
Quais habilidades aprendidas durante o seu primeiro ano desde o debut vocês acreditam que mais contribuíram com a produção deste álbum?
KUNHO: Aprendi a controlar minha ambição. Eu trabalho com ambição e paixão em todos os nossos álbuns, mas a paixão que demonstrei durante a preparação para este terceiro mini-álbum foi de outro nível. No entanto, quanto mais apaixonado você está e quanto maior o seu desejo por sucesso, mais tenso e ansioso você fica, até sobre coisas que nunca te deixaram ansioso antes. Então, aprendi a me controlar e a dar um passo de cada vez no preparo do álbum, e percebi que os resultados foram melhores, no geral. Fico feliz de ter descoberto algo tão importante, algo que se provou uma necessidade contínua ao longo das promoções do nosso terceiro mini-álbum, “Smoke Point”.

YOUMIN: A habilidade que aprendi desde o debut que me ajudou a terminar este álbum foi a vocal. Cantar ao vivo e dançar ao mesmo tempo, não é uma coisa fácil de se fazer. Especialmente em músicas tão poderosas como “GOTCHA” e “SHOCK”. Para exibir uma performance mais próxima da perfeição em “GIMME GIMME”, praticamos mais e focamos em técnicas de respiração para ter certeza de que não ficaríamos sem ar, e que atingiríamos as notas mais altas ao vivo. Há, também, partes em “GIMME GIMME”, como a ponte, em que eu canto suavemente após uma coreografia poderosa, e volto imediatamente para o dance break. Treinar e me dedicar aos estudos técnicos definitivamente me preparou para essas partes importantes do álbum.
Qual foi a maior lição aprendida durante a criação deste álbum? Alguma habilidade nova, ou realização profissional?
YOUMIN: O sentimento geral das nossas faixas B-sides em Smoke Point é bem moderno e apresenta uma mistura de R&B, que eu adoro. Praticando as notas altas de “GIMME GIMME”, pude me preparar para gêneros diferentes e alcançar notas agudas mais livremente. Por conta deste álbum, estou mais do que preparado para cantar ao vivo e apresentar canções que exigem mais controle respiratório do que antes.
O álbum inteiro parece ser muito influenciado pelos anos 90, seja com o hip hop, R&B, ou elementos de house. Qual foi a inspiração por trás dessa escolha?
XAYDEN: Queríamos muito mostrar o que torna o ALL(H)OURS único, mas também queríamos apresentar uma faceta inédita, que não havia sido exibida nos dois álbuns anteriores. Todos nós amamos hip-hop, R&B e house. Escutamos esses gêneros frequentemente e sempre tivemos vontade de trabalhar mais com eles, o que nos incentivou a ir atrás disso e nos desafiarmos novamente.
Vocês são fãs da música dos anos 1990? Quais são seus artistas preferidos dessa era?
KUNHO: Eu amo Oasis. A forma com que eles expressam emoções contrastantes, de formas diferentes e como são únicos é inacreditável. Minha música favorita do Oasis é “Live Forever”.
XAYDEN: Eu gosto demais do Nas e da lenda Michael Jackson.
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Uma das faixas, “Kings and Queens”, usa de forma bastante criativa um dos trabalhos mais icônicos de Beethoven. Qual foi a sua reação à ideia de combinar música clássica e hip hop melódico?
MASAMI: Acredito que é uma interação bem divertida. Assim que ouvi, eu soube que a canção era motivada por uma peça clássica bem conhecida, e depois que percebi que era uma de Beethoven, fiquei genuinamente surpreso. Transformar uma peça clássica em uma canção tão moderna e pop ainda me deixa incrédulo. Me diverti muito quando ouvi a demo e ainda mais quando a gravamos.
MINJE: Primeiramente, achei que a ideia de combinar música clássica e k-pop foi muito inovadora. Nossa lição de casa com “Kings and Queens” foi misturar esses elementos variados e tornar a canção nossa, de verdade. Ela tem características muito únicas então, quando estávamos gravando, eu ficava pensando em diferentes formas de dar vida a esta música, o que foi bem divertido e interessante.
“Freaky Fresh”, a música final do álbum, contrasta com o resto das canções ao soar mais moderna, em comparação. Ela parece mais com a geração atual do k-pop. Vocês acham uma boa ideia finalizar o álbum em uma nota mais moderna?
HYUNBIN: Como você mencionou, também acho que “Freaky Fresh” soa mais parecida com a geração atual do k-pop. Gosto de como pudemos mostrar diferentes estilos e gêneros musicais neste álbum. Além do som mais moderno, ao adicionar o elemento original do ALL(H)OURS, “Freaky Fresh” se torna um destaque único deste trabalho. Ao colocá-la como a faixa final do álbum, exibimos o leque de estilos do nosso grupo, do mais impactante ao contemporâneo, finalizando o álbum de forma completa e coesa.
Hyunbin é creditado como um dos compositores por trás da letra de “Freaky Fresh”. Pode falar um pouco sobre o que te inspirou?
HYUNBIN: A letra de “Freaky Fresh” fala sobre como somos monstros presos dentro de nossas próprias mentes. Enquanto trabalhava na letra, refleti sobre o meu “eu” interior e sobre o ALL(H)OURS, sem medo de seguir nossos caminhos dentro do k-pop e mostrar quem somos de verdade. Também imaginei diferentes emoções que sinto, como a vontade de quebrar barreiras e ser confiante como um jacaré. Eu estava bem focado em escrever a letra e novas ideias sempre apareciam na minha cabeça.
Assistindo aos MVs deste álbum, é seguro dizer que a sua coreografia continua excelente. Algum de vocês contribuiu com a construção dela em alguma das músicas deste álbum?
ON:N: Não contribuímos com a coreografia das titles dessa vez, mas esperamos fazer nossas contribuições nos próximos álbuns. No entanto, talvez tenhamos algumas surpresas em breve!
Qual é o seu movimento favorito dentre as coreografias criadas para este álbum?
MASAMI: A coreografia para a parte onde cantamos “발톱을 딱 세우고” em “GIMME GIMME” é muito legal e impressionante. Prestem atenção nessa parte quando estiverem assistindo a performance!
ON:N: Essa coreografia foi criada por Kamel e Nino. Os gestos individuais e a coreografia no chão durante a ponte foram feitos sob medida para o nosso estilo de performance, então curto bastante.
MINJE: Tem uma parte, “Let’s go, we go” no refrão de “Graffiti”. Tem uma energia mais moderna e estilosa se comparada às nossas coreografias anteriores, é muito divertido e animador realizar esses movimentos enquanto cantamos.
Qual é a sua música preferida do álbum e qual foi a melhor de se trabalhar?
HYUNBIN: Sou muito apegado a “Freaky Fresh” já que tive a oportunidade de escrever meu próprio rap, e que entrou na versão final da música. Foi uma experiência muito divertida e interessante.
KUNHO: Para mim é “Kings & Queens”! Eu estava preocupado com as gravações, porque requer uma técnica vocal diferente do que estávamos acostumados. Durante as gravações, recebi elogios do nosso produtor e fiquei muito orgulhoso de mim mesmo. Quero continuar experimentando gêneros diferentes e ampliar o nosso espectro musical.
Qual é a mensagem que vocês esperam que os ouvintes tirem de “Smoke Point”? E qual é o tipo de reação que vocês esperam?
KUNHO: Primeiramente, esperamos que todos curtam muito o nosso terceiro mini-álbum, “Smoke Point”! Todas as faixas são de vibes e gêneros diferentes. Existem canções que apresentam gêneros nunca antes cantados por nós. Por meio desse álbum, queremos que os fãs continuem sempre esperando mais do ALL(H)OURS e querendo ver mais de nós.
ON:N: É isso! Através desse álbum, também queremos conhecer mais fãs ao redor do mundo. Mal posso esperar para explorar um mundo mais amplo com Min(ut)es!