Entrevista: Alessia Cara traduz cura e amadurecimento pessoal em nova fase musical
Cantora lançou single, 'Dead Man', após dois anos sem novidades
Após dois anos, Alessia Cara voltou com o single “Dead Man”. A composição da cantora de 28 anos conta a história de um relacionamento amoroso que esfriou. Com clara influência do jazz e de Amy Winehouse, a canadense promete explorar ritmos diferentes na nova fase da carreira.
“Os fãs podem esperar músicas divertidas e também sobre cura. Eu costumava sempre escrever a partir de uma perspectiva triste. Então, é bom escrever de um ponto de vista com mais confiança e paz”, explica Alessia em entrevista para a Billboard Brasil.
“Estou me curando de muitas coisas do meu passado e de vários problemas pelos quais passei, e sinto que estou em um lugar muito mais estoico, maduro e feliz, o que é uma sensação boa”, acrescenta.
No clipe, com mais de 800 mil visualizações no YouTube, Alessia se refere ao disco anterior, “The Pains of Growing” (2018), ao usar um terno largo –assista abaixo.
“Queria ter algumas representações e versões de mim mesma, como um passado, presente, futuro, minha sombra e um eu real”, explica.
“Para retratar a minha sombra, um lado inseguro e restrito, queria fazer alusão ao meu segundo disco. É uma referência a você se sentir pequeno, como se a vida estivesse passando mais rápido.”
No Hot 100 da Billboard, Alessia já emplacou oito músicas. Sua melhor colocação, até agora, foi em 2017, com o single “1-800-273-8255”, parceria com Logic e Khalid. A canção ficou em 3º lugar.
“Hoje em dia, [a indústria] é muito mais desafiadora do que antes. Como artista, você precisa aprender a ser uma pessoa de mídia social e ter muito mais conhecimentos do que apenas música”, avalia.
“Tento focar o máximo possível em fazer o melhor trabalho e deixar o resto acontecer. Tento me animar e ficar positiva para não ceder às expectativas, porque é fácil se sentir insegura se as coisas não estiverem indo tão bem quanto você espera. Se você ficar obcecado com isso, não é bom para a pureza da arte.”