Twenty One Pilots faz show de lavar a alma em São Paulo
Duo, formado por Tyler Joseph e Josh Dun, exorcizou dores do público em turnê


Pela quinta vez, o Twenty One Pilots desembarcou no Brasil para a turnê “Clancy”. A série de shows acabou na noite de domingo (26) em São Paulo.
Milhares de pessoas no Allianz Parque foram hipnotizadas pela performance energética de Tyler Joseph e Josh Dun.
Os dois subiram no palco pontualmente às 20h45 com “Overcompensate”, faixa do disco que dá nome à turnê. Nas duas horas seguintes, eles comandaram um culto introspectivo, mas cheio de esperança.
“Meus amigos, vocês estão tão lindos esta noite, muito obrigado por isso. Muito obrigado por ficarem na chuva por nós hoje”, agradeceu o vocalista.
“Clancy”, lançado em 2024, reforça as reflexões sobre os ciclos da depressão, ansiedade, insegurança, medo, sobrevivência e resistência – ecoado pelo público.
“Next Semester” fala sobre a ideação suicida; “Backslide” é um desabafo sobre a repetição de ciclos e de tirar coragem para enfrentá-los novamente.

“Paladin Strait” traz sentimentos de esperança de que podemos superar desafios – e, bastante importante, nunca sozinhos.
Esse tipo de “cura” foi a sensação geral vindo do público: todos berrando as letras, como se vomitassem os próprios problemas pelas palavras.
Hits anteriores como “Jumpsuit”, “Stressed Out”, “Car Radio” e “Heathens” também estiveram no setlist.
Aliás, vale destacar a colocação de três palcos no meio do público, que fizeram com que Tyler e Josh se deslocassem do palco principal até o meio do campo algumas vezes.
Nessas viagens, eles cumprimentaram fãs, seguranças, bombeiros e outras pessoas do time de produção – reforçando sua conexão com os admiradores.
Para encerrar o show, Twenty One Pilots apresentou “Trees” – música obrigatória para o fim de suas apresentações.
Com tambores e uma explosão de confetes vermelhos, a faixa pop eletrônica tirou os fãs do chão por uma última vez.
Na saída do estádio, a multidão emanava a sensação de ter vivido uma experiência transformadora. Soa clichê, mas é verdade: a música salva e cura.



