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Treta entre Zé Neto e Anitta sobre Lei Rouanet chega ao tribunal de contas de SC

Treta entre Zé Neto e Anitta sobre Lei Rouanet chega ao tribunal de contas de SC

Na época, declaração do sertanejo acabou desenrolando uma CPI

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anitta considera sua primeira indicacao ao grammy a base para apresentar sua cultura

Uma declaração de Zé Neto durante show no Mato Grosso, em de maio de 2022, reverberou tanto (a contragosto, diga-se) que pelo menos 36 cidades viraram alvo com investigações abertas por promover shows, festivais ou festas com a presença de artistas conhecidos nacionalmente e alto cachê. O que era pra ser uma tretinha, virou um conflito do sertanejo contra Anitta e, logo depois, resultou em uma “CPI do Sertanejo”.

Agora, o Tribunal de Contas Estadual de Santa Catarina (TCE-SC) recomendou, baseando-se na treta, que as contratações sejam feitas com prudência e com noções de prioridade. Ou seja: antes de investir em shows nacionais, os municípios de Santa Catarina precisam avaliar se estão em dia com suas obrigações básicas, como saúde, educação e segurança. Se o prefeito não atingir o mínimo constitucional de investimento na educação, por exemplo, que é de 25% do orçamento, a contratação pode ser considerada ilegal pela Corte de Contas.

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Além disso, o TCE-SC ainda diz que é recomendado, por exemplo, que o município busque saber quanto o artista cobra em shows privados, para avaliar se o preço cobrado do poder público não está superfaturado.

A treta seminal

Durante show em Sorriso, no Mato Grosso, Zé Neto disse que ele e o parceiro musical, Cristiano, não eram artistas que “dependiam de Lei Rouanet”, e que seus ganhos eram realizados por meio dos ingressos em shows lotados. “A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta”, disse à época.

Os comentários do cantor deram a entender que ele estaria falando de Anitta, que já mostrou publicamente que fez uma tatuagem íntima. Famosos e fãs da cantora rebateram o sertanejo e passaram a publicar nas redes sociais supostos contratos de shows de duplas pagos com dinheiro público.

O que gerou polêmica, após as falas de Zé Neto, é que contratos feitos entre prefeituras e artistas seriam feitos por meio de contratação direta e sem concorrência, tirando dinheiro do caixa das cidades para pagamento de cachês aos artistas. A própria apresentação do cantor e seu dupla, Cristiano, em Sorriso, no Mato Grosso, foi acordada – e paga – no valor de R$ 400 mil.

Com a repercussão e exposição de cachês altíssimos pagos por órgãos públicos, Zé Neto voltou atrás e chegou a se desculpar publicamente na internet. O cantor publicou uma série de vídeos no dia 21 de maio para afirmar que não quis incitar o ódio e que respeita o talento de cada um.

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