SUPERKIND: o grupo de kpop com integrantes de inteligência artificial
Septeto fez comeback recente com 'Beam Me Up'
Qual é o limite da inteligência artificial na música? A indústria do kpop foi uma das primeiras a usar o artifício nos grupos. O SUPERKIND, que debutou em 2022, é um deles, com integrantes de carne e osso e computadorizados.
Daemon, Eugene, Geon, SiO e JDV dividem o espaço com os membros criados por inteligência artificial, SAEJiN e Seung. O septeto acumula mais de 26 milhões de views no YouTube e lançaram recentemente o single “Beam Me Up” – assista o clipe abaixo.
É interessante ver os vídeos das apresentações do grupo nos programas de TV sul-coreanos. Haja sincronia entre os integrantes para deixar o espaço na coreografia para os membros computadorizados!
Assim como qualquer idol, eles também participam dos ensaios fotográficos, gravam challenges de dança nas redes sociais e fazem publicações para os fãs com selfies.
Com vocês, SUPERKIND!
Nascidos entre 1999 e 2004, os integrantes (apenas os humanos!) conversaram com a Billboard Brasil para detalhar o conceito do grupo e falar um pouquinho sobre suas carreiras.
“Meu interesse nesse caminho surgiu quando vi que as pessoas podem se curar e se sentir confortáveis com a música”, diz Eugene. “Eu queria ser um artista que pudesse fazer isso. Curar a dor das pessoas sempre que elas passarem por dificuldades. Isso me motivou”.
Geon cantava no karaokê com os amigos. “Eu era o único que atingia as notas mais agudas (risos)”, conta. SiO, enquanto estudava em um internato, subiu no palco pela primeira vez em um evento escolar e se apaixonou pela música.
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Já Daemon, que respondeu todas as perguntas em inglês, foi influenciado pelos pais, fãs de Beatles e Queen. JDV também encontrou a motivação dentro de casa. Ele tocava guitarra e bateria, além e compor músicas para os amigos como passatempo.
“Meus pais me apoiaram no começo, mas ficaram preocupados porque não é fácil se tornar um idol. Você precisa passar por um treinamento difícil e ficar longe da sua família de tempos em tempos. Hoje, eles são meus maiores fãs”, diz JDV.
“Os meus ficaram muito preocupados e não aprovaram inicialmente. Mas eu batalhei muito e um dia fiz um show só para convencer eles que eu era apaixonado por isso. Eu consegui o apoio e a aprovação deles! É um final feliz”, acrescenta Daemon.
Ele também explica que todos participam na construção dos membros computadorizado, opinando sobre suas características e como melhorar a química entre os integrantes.
“Não usamos a inteligência artificial para cantar”, Daemon ressalta. “Eu fiquei muito animado em poder fazer parte de algo novo.”
“Beam Me Up” começa com uma bateria orgânica extremamente presente e linhas de baixo e guitarra em destaque –o que não é muito comum no kpop, que se alimenta de muitos sons eletrônicos. Os versos dos rappers do grupo são outro ponto positivo.
Segundo SiO, a letra fala sobre a superação de obstáculos em períodos difíceis na vida. “É algo que resume o que queremos passar para os nossos fãs. É importante não desistir e sempre seguir em frente. Sempre haverá ajuda e milagres no caminho. Estamos aqui para quem precisar também”.
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Questionados sobre os desafios da vida de idol, JDV diz que a insegurança é algo recorrente. “Antes de qualquer apresentação, penso: ‘Será que vou errar?’. Fico sempre preocupado. Mas quando subimos no palco e vemos nossos fãs nos dando apoio e amor… É algo que acalma. Eles vão nos amar independente de qualquer coisa, então isso me motiva e me esforço ainda mais”.
No Instagram, o SUPERKIND tem mais de 250 mil seguidores. Além de serem fãs do futebol brasileiros (eles até citam: Romário, Neymar e Roberto Carlos), os cantores admiram o Carnaval do Rio.
“Na escola, eu tive uma tarefa para aprender sobre a cultura brasileira. Eu vi vídeos, fotos. Senti a paixão do samba e essa atmosfera de energia. Seria muito legal se fôssemos para o Brasil durante o Carnaval!”, pede SiO ao final da entrevista. Venham, meninos!