Shakira critica política anti-imigrantes de Trump: ‘Vive-se em constante medo’
A popstar colombiana se mudou para Miami no começo da carreira
Shakira está se abrindo sobre sua experiência como imigrante vivendo nos Estados Unidos sob as políticas de imigração do presidente Donald Trump.
Em uma nova entrevista para a BBC, a superestrela colombiana, de 48 anos, refletiu sobre como o país mudou desde que ela se mudou para Miami quando era adolescente, em meados da década de 1990, para seguir carreira musical.
“Eu tinha apenas 19 anos quando me mudei para os EUA, como muitos outros imigrantes colombianos que vêm para este país em busca de um futuro melhor”, disse Shakira, observando que leu obras de Leonard Cohen, Walt Whitman e Bob Dylan para aprender inglês e entender a arte de compor músicas.
Defensora de longa data da justiça social, a cantora de “Hips Don’t Lie” também abordou os desafios enfrentados pela comunidade latina após o retorno de Trump à Casa Branca. Desde que voltou ao cargo no início deste ano, o presidente intensificou os esforços para combater supostas violações de imigração, provocando protestos em Los Angeles e em todo o país em resposta às batidas do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).
“Significa viver em constante medo”, disse Shakira à BBC quando questionada sobre como é ser imigrante nos EUA hoje. “E é doloroso de ver.”
Ela acrescentou: “Agora, mais do que nunca, precisamos permanecer unidos. Agora, mais do que nunca, precisamos levantar nossas vozes e deixar bem claro que um país pode mudar suas políticas de imigração, mas o tratamento de todas as pessoas deve ser sempre humano.”
No início de fevereiro, ao aceitar o prêmio Grammy de melhor álbum pop latino por Las Mujeres Ya No Lloran , de 2024 , Shakira dedicou a homenagem a “todos os meus irmãos e irmãs imigrantes neste país”, acrescentando: “Vocês são amados, valem a pena e eu sempre lutarei com vocês”.
Shakira está entre um número crescente de músicos que se manifestam contra as batidas federais de imigração no sul da Califórnia. Após o envio de tropas da Guarda Nacional para Los Angeles pelo presidente Trump no início de junho, artistas como Olivia Rodrigo, Tyler, The Creator, Finneas, The Game, Billie Joe Armstrong, do Green Day, Kehlani, Tom Morello, Reneé Rapp e Rebecca Black condenaram publicamente as ações do governo.
“Morei em Los Angeles a vida toda e estou profundamente chateada com essas deportações violentas dos meus vizinhos sob a atual administração”, escreveu Rodrigo em seu Instagram Story no sábado (14 de junho). “Los Angeles simplesmente não existiria sem imigrantes. Tratar membros trabalhadores da comunidade com tão pouco respeito, empatia e devido processo legal é horrível. Eu apoio a bela e diversa comunidade de Los Angeles e os imigrantes em todos os Estados Unidos. Eu defendo nosso direito à liberdade de expressão e à liberdade de protestar.”
