Quem é o guitarrista amigo de Angelina Jolie que faz sucesso no rock japonês?
MIYAVI também é conhecido pelo trabalho filantrópico com as Nações Unidas
Estrela do rock no Japão, MIYAVI desafia uma indústria musical cada vez mais focada em artistas mais novos. Aos 41 anos, o guitarrista acumula quase uma dezena de turnês mundiais, passando pela América Latina e o Brasil, 110 milhões de visualizações no YouTube, um trabalho filantrópico focado em refugiados, e uma amizade com Angelina Jolie.
Conhecido por seu estilo “slap” de tocar guitarra — método, popular entre os baixistas, consiste em “bater” e “puxar” as cordas do instrumento, tirando um som estalado —, MIYAVI começou a carreira no final dos anos 1990.
São mais de 20 anos de uma trajetória consistente, com mais de dez álbuns de estúdio lançados. Entre as músicas mais conhecidas estão “Flashback”, “Other Side”, “Snakes”, “I’m So” e “Samurai 45”. Ele também faz parte do grupo The Last Rockstars, formado em 2022 por grandes nomes da música no Japão: Yoshiki, Hyde e Sugizo.
“Minha missão é trazer a guitarra na música ao vivo de novo. Especialmente aquela explosão do instrumento. Ao mesmo tempo, as tendências, as batidas seguem mudando. É importante acompanhar as novas músicas, mas também manter a essência. E para mim, ela é a guitarra”, explica MIYAVI em bate-papo com a Billboard Brasil.
O artista fez participações em trilhas sonoras, como da série “League of Legends” (2011), e colaborações de outros grandes artistas do leste-asiático, como KANG DANIEL. Além da carreira na música, MIYAVI também é ator.
Em 2014, ele dividiu os holofotes com ninguém menos que Angelina Jolie. MIYAVI participou de “Invencível”, filme dirigido pela atriz e protagonizado por Jack O’Connell. O longa-metragem relata a vida de Louis Zamperini, atleta olímpico que sofreu um acidente aéreo durante a Segunda Guerra Mundial e foi capturado pelo exército japonês.
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Na época do lançamento do filme, MIYAVI admitiu que chegou a vomitar de tanto nervoso ao conhecer Angelina. O perrengue não abalou a amizade entre os dois e a relação foi fortalecida por um ponto em comum, a filantropia.
O músico divide sua agenda entre a carreira no entretenimento e a família – ele é casado e pai de três filhos – com viagens pela Europa, Ásia e Oriente-Médio, onde visita acampamentos de refugiados.
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“É um balanço. Sou embaixador das Nações Unidas. Visito campos no Líbano, Bangladesh, Tailândia, Kênia, Colômbia e Sérvia. Eu sou uma ponte entre esses refugiados e o mundo que não liga para essas questões. Ninguém quer ouvir notícias ruins, até eu me sinto assim. Só que não podemos esquecer o que está acontecendo no mundo”, afirma o músico.
Para ele, é importante passar mensagens positivas em seu trabalho como forma de inspirar o público. “Quero que meus fãs se sintam mais motivados”, diz. “Não me arrependo de nada [da minha vida]. Se me arrepender, é como se eu tivesse traindo meu público. É claro que cometi muitos erros, mas esses fatos me fazem quem sou hoje. Não há como voltar ao passado.”
