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Os maiores sambas-enredos da história

Os maiores sambas-enredos da história

Confira seis sucessos da Avenida que ainda hoje ecoam nas rodas de samba

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'Peguei um Ita no Norte' foi o samba-enredo da Salgueiro em 1993 (reprodução)

Alguns sambas-enredo transcenderam os desfiles anuais e se transformaram em verdadeiros hinos do Carnaval. Até hoje, são entoados não apenas na avenida, mas também em festas, rodas de samba e arquibancadas. A seleção dos maiores de todos os tempos é sempre muito particular: cada sambista tem a sua. 

Letras memoráveis, melodias envolventes e a capacidade de emocionar multidões são fatores determinantes para que um samba permaneça relevante ao longo dos anos. Mais do que meros concorrentes na disputa carnavalesca, esses sambas resistem ao poder tempo e se tornam referências. Mesmo que a escola não tenha sido campeã, continuam a ocupar espaço na memória afetiva do mundo do samba.

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Não à toa, muitos deles foram regravados, resgatados em reedições de desfiles e seguem sendo estudados como obras-primas da música brasileira. Nesta lista, a Billboard Brasil destaca seis dos sambas-enredo mais icônicos que marcaram época. São obras que definiram seus respectivos carnavais e consolidaram o nome de suas escolas na história da festa. Da cadência contagiante ao lirismo poético, cada um deles ajudou a escrever um capítulo da trajetória do samba na avenida.

“É Hoje” – União da Ilha (1982)

“Diga, espelho meu, se há na Avenida alguém mais feliz que eu?”. Este samba é um dos mais conhecidos fora do circuito do Carnaval: toca em batizados, festas de quinze anos e casamentos Brasil afora. Baseado no enredo sobre o cartunista Lan, o samba se descolou do desfile e se popularizou em blocos, festas e até na indústria fonográfica, sendo regravado por diversos artistas. Mesmo sem levar o título, “É Hoje” garantiu seu lugar na eternidade.

“Aquarela Brasileira” – Império Serrano (1964)

Silas de Oliveira sintetizou no samba uma exaltação ao Brasil como poucas vezes se viu na avenida. Com uma melodia envolvente e uma letra que percorre as belezas naturais do país, “Aquarela Brasileira” se tornou um clássico imediato e permanece como um dos sambas mais executados na história do Carnaval carioca.

“Peguei um Ita no Norte” – Salgueiro (1993)

O Salgueiro transformou uma travessia marítima entre Belém e o Rio em um dos sambas mais épicos da Sapucaí. Com o refrão explosivo “Explode coração, na maior felicidade”, a escola conquistou o título e consolidou uma das composições mais marcantes do gênero. Até hoje, muitas torcidas usam seu refrão para estremecer as arquibancadas pelo país – como em Belo Horizonte (Cruzeiro) e Curitiba (Athletico), além do Rio (Fluminense), claro.

“Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu” – Mangueira (1994)

O início dos anos 1990 trouxe muitos sambas marcantes para a avenida. Com Jamelão à frente do carro de som, a Manga trouxe para a avenida um samba carregado de identidade, resgatando figuras da Tropicália e reafirmando a força da verde e rosa. O título do samba virou bordão e até hoje ecoa sempre que a escola entra na avenida. A gravação oficial tem ninguém menos que Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia… Certas obras já nascem clássicas.

“Sonhar Não Custa Nada” – Mocidade Independente (1992)

A Mocidade levou para a avenida um enredo futurista e, ao som de “Sonhar não custa nada ou quase nada”, embalou um dos desfiles mais emblemáticos da década de 90. O impacto do samba foi tão forte que, mesmo sem levar o título, continua sendo um dos mais aclamados pelos amantes do Carnaval – ao contrário do esquecível “Pauliceia Desvairada – 70 anos de Modernismo” da campeã Estácio de Sá.

“Liberdade, Liberdade! Abre as asas sobre nós” – Imperatriz Leopoldinense (1989)

Poucos sambas conseguiram traduzir um enredo com tamanha potência quanto “Liberdade, Liberdade”. Com versos inspirados na luta por justiça e igualdade, a composição se tornou uma referência dentro e fora do Carnaval. A força da interpretação na avenida garantiu à Imperatriz um dos títulos mais icônicos de sua história.

 

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