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O que esperar do documentário sobre Luísa Sonza?

O que esperar do documentário sobre Luísa Sonza?

Produção traz reflexão sobre impacto do ódio na vida e carreira da cantora

Luísa Sonza

“Se Eu Fosse Luísa Sonza” estreia na Netflix nesta quarta-feira (13). O documentário, com três episódios, traz os bastidores da carreira da cantora de 25 anos desde a produção do disco “DOCE 22” até o lançamento de “Escândalo Íntimo”, em agosto de 2023. A produção, dirigida por Isabel Nascimento Silva, é bastante pessoal: Luísa é filmada em momentos de felicidade, mas também de extrema tristeza e vulnerabilidade.

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As mensagens de ódio, ameaças de morte e críticas constantes transformaram o sonho de viver da música em pesadelo, conforme Luísa havia dito em entrevista para a Billboard Brasil, em setembro. A cantora desabafa e chora em diversos momentos de todos os episódios. Segundo ela, a pressão ficou ainda maior com os prazos de entrega dos trabalhos, agenda intensa de compromissos, busca por resultado e números, além da falta de sono –algo que afetou diretamente sua saúde.

Problemas de saúde

Na série documental, Luísa conta ter sido diagnosticada com úlceras no estômago, no esôfago e teve um grave desgaste nas cordas vocais.

As crises depressivas da cantora e suas reflexões sobre o preço da fama tomaram boa parte do documentário. Mesmo com todas as dificuldades, ela se manteve em pé e focada na música –sua grande salvadora. Vale ressaltar que a produção não questiona se a artista é, de fato ou não, talentosa e sequer deseja convencer o espectador disso.

O ponto do projeto é justamente tentar conscientizar o público do poder das palavras, para o bem ou para o mal. Luísa não é a única que tem lidado com questões de saúde mental na indústria da música. Wesley Safadão, Felipe, Lucas Lucco, entre outros cantores, já falaram publicamente sobre como a ansiedade e a depressão afetam suas carreiras.

Caso de racismo

No documentário, Luísa Sonza também falou sobre o processo de danos morais após pedir um copo de água para uma mulher preta em Fernando de Noronha em 2018.

“Assumir o erro, entender e ter consciência dele. E conscientizar as pessoas brancas a levarem [o racismo] a sério. Me arrependo muito disso”, afirmou.

“Com certeza é um dos piores episódios da minha vida. Obviamente não foi intencional. Jamais seria intencional. Mas aconteceu, estamos presos em uma estrutura e a gente tem que lutar, fazer o máximo que isso seja reparado e melhore. E para isso, a gente tem que olhar para si”, finalizou Luísa.

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